Postado em abril de 2015
Pouco antes de morrer, Grigori Rasputin enviou uma carta ao que seria o último czar da Rússia, Nicolau II, na qual fazia uma predição inquietante para a família real Romanov que suporia o assassinato do próprio czar, da czarina e de todos seus filhos:
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“… tenho o pressentimento de que morrerei antes de 1º de janeiro (1917). Se eu for assassinado por gente comum, especialmente por meus irmãos os camponeses russos, então o czar da Rússia não deve se preocupar por seus filhos, que reinarão na Rússia outros cem anos, mas se eu for assassinado pelos boyardos e nobres (suas relações) digo que ninguém da sua família, nenhum de seus filhos, viverão mais de dois anos. Eles serão assassinados pelo povo russo. (…)Vou ser assassinado. Já não estou entre os vivos. Reza, reza, seja forte, pensa em tua família…”
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Na noite de 29 de dezembro de 1916 em Petrogrado (São Petersburgo), o Príncipe Félix Yusupov convidou Rasputin para ir a seu palácio. Encontram-se presentes também, entre outros nobres, o primo do czar, o grande duque Demetrio Romanov.
Apesar de beber o vinho que Félix e Demetrio tinham previamente envenenado… Rasputin não morreu.
Quando ficou evidente que o veneno falhara, Félix Yussopov disparou em Rasputin pelas costas… o monge também não morreu. Outros conspiradores fizeram novos disparos. Um dos tiros atingiu a cabeça… mas Rasputin ainda não morria.
O Príncipe Yussupov também golpeou Rasputin com um porrete de madeira… O monge seguia vivo. Ainda foi castrado, como sinal de humilhação.
Finalmente, envolveram o corpo em um lençol e levaram-no em um carro até o quase congelado Rio Neva, onde jogaram o corpo. Dois dias depois, quando o corpo foi recuperado no rio, a autópsia revelou que seus pulmões estavam cheios de água: Rasputin morreu por afogamento, e com seus braços em posição vertical, como se tivesse lutado por sair do gelo. Ele morreu congelado.
Três meses após o assassinato de Rasputin, perpetrado pela mão dos nobres, Nicolau II abdicou como czar (março de 1917). E menos de dois anos mais tarde, o resto da previsão do “monge louco” se realizou: nenhum membro da família sobreviveu à execução na madrugada do 17 de julho de 1918.
Muito falou-se sobre esta predição de Rasputin sobre sua morte, alguns falam de profecia e maldição do monge louco. No entanto, o que sim podemos dizer com segurança a estas alturas é que por aqueles anos, Rasputin tinha se transformado em um personagem muito poderoso e influente e colecionava um grande número de inimigos.
O próprio Rasputin, sempre bem informado, sabia disso e como ele próprio previu: se não fossem uns (o povo) seriam outros (os nobres) que acabariam com sua vida. O que não sabiam é que ia custar tanto.
Nota: Algumas investigações recentes pintam um quadro diferente sobre a morte de Rasputin, inclusive afirmam que em seu assassinato participaram diretamente os serviços secretos britânicos.
Fonte: Metamorfose Digital e publicado com autorização
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