Maio de 2014
Mais de cinco séculos depois do naufrágio da caravela “Santa Maria” de Cristóvão Colombo, arqueólogos acreditam ter encontrado no Caribe destroços do navio. A descoberta está localizada no fundo do mar ao largo da costa norte do Haiti. É provável que seja uma das mais importantes descobertas arqueológicas subaquáticas do mundo.
“Todas as evidências sugerem que tenhamos encontrado o famoso carro-chefe de Colombo, a Santa Maria”, disse o líder de uma recente expedição de reconhecimento ao local, um dos principais investigadores arqueológicos subaquáticos da América, Barry Clifford. “O governo haitiano tem sido extremamente útil – e agora precisamos continuar trabalhando com eles para realizar uma escavação arqueológica detalhada dos destroços”, disse ele.
A identificação do navio foi possível devido a pequenas descobertas esparças feitas por outros arqueólogos a partir de 2003. Neste ano, um canhão encontrado foi o ponto de partida. Dados contidos no diário de Cristóvão Colombo também auxiliaram na localização.
Inicialmente as investigações não foram invasivas. Limitaram-se a medições, análises fotográficas, detectores de metais sofisticados e varredura de sonar para estudar os restos. O navio ainda tem atributos que garantem a escavação. Está localizado na área exata em que Colombo afirmou ter encalhado o Santa Maria, há quinhentos anos atrás.
Cristóvão Colombo saiu da Espanha em agosto de 1492, sob patrocínio do rei Ferdinando II e da Rainha Isabel. A viagem teve como objetivo encontrar uma rota para o oeste para a China, a Índia e encontrar o ouro e as especiarias do Oriente. Mas a terra, que os marinheiros puseram os olhos, em outubro de 1492, era uma ilha no Caribe.
Entre as ilhas em que Colombo pisou estava Hispaniola, que é dividida entre o Haiti e a República Dominicana. Colombo estabeleceu ali um forte antes de retornar à Espanha.
Em dezembro daquele ano, a Santa Maria acidentalmente encalhou na costa da ilha. Algumas disposições do navio, que media cerca de 36 metros de comprimento, e as pranchas foram usadas pela guarnição do forte.
Colombo retornou para a Espanha com os dois restantes navios, o Nina e o Pinta, em janeiro de 1493
Fontes: https://www.independent.co.uk/ – https://edition.cnn.com/WhatsApp BR