– Caroline Serpa
Em meados do século XII, em meio ao sistema feudal no Japão, o governador de Tango possuía ideais humanos para com os camponeses.
Confesso que ao entrar na sala de cinema, pensei que não aguentaria nem 10 min do filme. Apenas por não ser um filme nos moldes tradicionais e hollywoodianos, gerei de cara um pré conceito. Mas fui mesmo assim, e não só consegui assistir a 2 horas do filme, como despertou em mim sentimentos extremamente poéticos. Cada cena, filmada em 1954, com uma linda e melancólica fotografia, traz toda uma realidade histórica e cultural de um país tão fascinante, mas num contexto emocional de relações familiares, crueldade, e com um grande lição de esperança, respeito e humanidade. Em pesquisa na internet após o filme, descobri que foi baseado numa lenda recontada pelo escritor Mori Ogai em um conto de 1915 e Leão de Prata no Festival de Veneza de 1954, o que não era pra menos. Além de ter assistido a uma belíssima história, saí do cinema encantada com a possibilidade de me permitir conhecer coisas novas. Não sei se o filme tocaria a todos como me tocou, e também sei que muito também torceriam o nariz como fiz no começo, mas eu posso dizer que a sensação de adquirir cultura e conhecimento vale a pena!
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