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Nosso cérebro será conectado à internet e poderemos “baixar” nossa consciência

Postado em 10/06/2015

O cérebro é a misteriosa chave de comando do nosso corpo e nele está a solução para acabar com boa parte de nossas limitações humanas, segundo a teoria do engenheiro do Google e futurólogo Ray Kurzweil.

Durante uma conferência em Nova York, ele anunciou a previsão de que em apenas 15 anos os humanos receberão implantes cerebrais de nanobots – dispositivos eletromecânicos – que ligarão nossos cérebros à internet, permitindo uma cognição muito acelerada. Dez anos depois, o nosso pensamento “será feito on-line”, segundo Kurzweil.

“O nosso pensamento, em seguida, será um híbrido de pensamento biológico e não biológico. Nós seremos capazes de estender as nossas limitações e pensar na nuvem. Nós vamos colocar passagens para a nuvem em nossos cérebros “, complementou o engenheiro.

“Nós vamos, gradualmente, misturar e elevar nós mesmos. Na minha opinião, essa é a natureza do ser humano: transcender as nossas limitações”.

Inteligência artificial

O pesquisador de 67 anos ficou famoso por ter criado tecnologias que transformam escrita e a fala em formato digital, bem como uma linha popular de sintetizadores. Como diretor de engenharia do Google, cargo que ocupa desde 2012, ele está testando ainda mais os limites de sua pesquisa ao tentar melhorar a capacidade dos computadores de entender a linguagem natural, com o objetivo de criar a verdadeira inteligência artificial, em que computadores poderão interagir realmente com seres humanos.

Download da consciência

Cérebro download 01
Hannah Critchlow demonstra o impacto de um pulso elétrico sobre os nervos

Em outra linha de pesquisa que envolve as potencialidades do nosso cérebro e a tecnologia, a neurocientista Ana Critchlow, de Cambridge, defende que um dia será possível “baixar” nossa consciência em uma máquina. Para isso tudo se tornar realidade, no entanto, seria necessário construir um computador que recriasse os 100 triliões de ligações do nosso cérebro.

“As pessoas, provavelmente, poderiam viver dentro de uma máquina. Potencialmente, eu acho que é definitivamente uma possibilidade”, acredita a pesquisadora, que comentou sobre suas ideias recentemente, no último Festival Literário e de Arte Hay Festival, em Gales, no Reino Unido.

Fonte: History, The Telegraph

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