A enchente que mudou Porto Alegre
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Uma tragédia marcou profundamente a memória coletiva dos cidadãos da capital gaúcha. Nei Nordin Em maio de 2024 o Rio Grande do Sul passou pela pior catástrofe ambiental e humanitária de sua história. A elevação das águas do lago Guaíba e demais rios da região, acrescentados do rompimento de barragens e excesso de chuvas deixaram milhares de pessoas desabrigadas e causaram prejuízos colossais à economia do Estado. Imediatamente as memórias se voltaram para a enchente de 1941, até então o pior evento climático da cidade. Foi um evento traumático que ficou profundamente cravado na memória coletiva. Todo cidadão na casa dos 50 ou 40 anos já ouviu histórias e relatos sobre os dramas enfrentados. O nível das águas chegou aos 4,76 cm, apenas superado pelos 5,30 de 2024. Um quarto dos habitantes da capital gaúcha ficaram desabrigados. Entre os meses de abril e maio daquele ano, durante 22 dias, chuvas se distribuíram pela bacia hidrográfica da Lagoa dos Patos. O pico foi registrado no dia 8 de maio, com grande impacto sobre Porto Alegre e sua região metropolitana, chegando aos 4,76. A estimativa é de que 15 mil casas tenham sido inundadas e 70 mil pessoas desabrigadas. A população da época era de 272 mil habitantes. Da mesma forma que na atualidade, barcos passaram a ser o principal meio de transporte. O “pacote básico” da tragédia se repetiu: falta de energia elétrica e de água; suspensão das atividades empresariais; destruição das estradas e ferrovias e proliferação de doenças causadas pela contaminação. Os prejuízos ficaram em torno dos US$ 50 milhões. As áreas mais atingidas foram os bairros do Centro, Navegantes, Passo D’Areia, Menino Deus e Azenha. Com as aulas suspensas, as escolas se transformaram em abrigos para as pessoas desabrigadas. A enchente evoluiu lentamente, o que deu tempo para que as pessoas deixassem suas casas. O então governador do Estado era Cordeiro de Farias e o prefeito de Porto Alegre, Loureiro da Silva. Foi criada uma força-tarefa para combater a crise e o contingente inteiro das Forças Armadas no Rio Grande do Sul foi acionado. Após a enchente de 1941 a cidade construiu um sistema de proteção contra as cheias incluindo 68 km de diques. O muro da Mauá (1972) passaria a fazer parte do cenário da cidade e se tornaria polêmico e objeto de debates. Muitos governantes já defenderam sua derrubada por atrapalhar a visão do Guaíba. Ninguém imaginava que ele, mesmo ineficiente, se tornaria tão necessário. Muitas das 14 comportas de vedação falharam em 2024 e as casas de bombeamento foram ineficientes. Foi enfim a combinação de diversos fatores que resultaram em uma enchente de proporções históricas. Regiões inteiras da cidade ficaram submersas, pontes foram destruídas e infraestruturas essenciais, como sistemas de transporte e fornecimento de água, foram severamente comprometidas. A cidade enfrentou um desafio monumental para fornecer abrigo, alimentos e assistência médica às vítimas deslocadas. A população demonstrou sua resiliência e toda uma rede de solidariedade foi mobilizada. Vizinhos se uniram para ajuda mútua e voluntários se dedicaram ao auxílio das vítimas. A cidade foi praticamente reerguida de ruínas e se recuperou gradualmente da tragédia. Curiosamente os dois eventos climáticos extremos (1941 e 2024) ocorreram no mesmo período do ano. A enchente que completa 83 anos em 2024 foi registrada entre os dias 10 de abril e 14 de maio. A enchente de 1941 deixou uma marca indelével na história de Porto Alegre, mas também mostrou a capacidade da cidade de se reerguer e se reinventar diante da adversidade. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Operação Traíra
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato 33 Anos do ataque da FARC ao posto brasileiro às margens do Rio Traíra. Bráulio Flores A Agressão A fronteira amazônica possui 9 mil quilômetros. Muitas áreas dessa região são compostas de selva inóspita, densamente arborizadas, e devido a isso, abandonadas. No extremo oeste da região, existia nos anos de 1980, uma lavra da mineradora Paranapanema. No final da década, a empresa decidiu cancelar suas atividades de extração. Esse espaço abandonado acabou violentamente disputado por garimpeiros brasileiros e colombianos. Por esse motivo, foi criado um pequeno destacamento do Exército para proteger a área, enviado pelo Comando de Fronteira do Solimões. O objetivo era neutralizar a atividade ilegal, bem como impedir a incursão de estrangeiros em solo brasileiro. A tropa de 17 homens se instalou às margens do Rio Traíra. A presença permanente do destacamento brasileiro mostrou muitos resultados, entre eles: a contenção das atividades ilegais, a interrupção da evasão de divisas, com o fim do tráfico de ouro, extraído do Brasil para os cofres colombianos. Além de prender garimpeiros estrangeiros, a fiscalização militar às margens do Traíra causou prejuízos às FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), uma grande guerrilha comunista que tinha como objetivo derrubar o governo democrático e instalar uma ditadura marxista naquele país. A falta dos recursos, bem como o não uso da área geográfica para descanso, reposição e treinamento, deixou enfurecido o comando local das FARC, denominado Coordenação Guerrilheira Simon Bolivar (CGSB), uma força de valor batalhão, com efetivos de aproximadamente seiscentos combatentes. Em meados de 1990, o Exército Colombiano defechou uma poderosa ofensiva contra a FARC, ocupando vários de seus territórios e capturando toneladas de cocaína, dinheiro, muito material militar entre outros recursos. A manobra fez com que mais tropas da guerrilha se deslocassem para a fronteira com o Brasil. Na manhã de 26 de fevereiro de 1991, um grupamento de 40 guerrilheiros, decidiu, da margem colombiana, observar a base brasileira. Sem que fosse detectado, o grupo atravessou o rio e cercou o perímetro. Posicionados, os invasores resolveram atacar a guarnição justamente na hora do almoço. Armados com fuzis AK-47, HK-33 e metralhadoras, os guerrilheiros dispararam contra os brasileiros que estavam distraídos durante a refeição. Um sniper escondido entre as árvores alvejou o soldado Sansão, um dos sentinelas. Segundos depois outro sentinela, o soldado Aldemir, foi mortalmente ferido por fogo de metralhadora. Tiros vinham de todos os lados, atingindo os militares. O soldado Sidimar Moraes levou um balaço no peito e também morreu. O tenente de Freitas levou um tiro no joelho. Um sargento conseguiu alcançar a metralhadora MAG, mas também acabou alvejado. Na escaramuça, dois garimpeiros colombianos detidos acabaram atingidos. O entrevero durou menos de cinco minutos, deixou 5 mortos, incluindo os garimpeiros e doze feridos. Depois de dominar a situação, o líder guerrilheiro ordenou que todo o equipamento militar, incluindo armas, munições, suprimentos médicos, barcos e os meios de comunicação fossem confiscados. Somente no dia 1° de março, quando um novo grupamento do Exército chegou a base, foi possível avisar as autoridades brasileiras sobre o ataque. A Reação Na tarde de 1° de março, o então Ministro do Exército, General Carlos Tinoco ordenou ao Comando de Operações Terrestres que planejasse uma resposta ao caso. No final da tarde, o presidente Collor ligou para o presidente da Colômbia, Cesar Gaviria, e desse conseguiu autorização para que o Exército Brasileiro entrasse em seu território para buscar e eliminar as forças que haviam violado nossa fronteira. Em seguida o presidente deu ordens para que os militares executassem a Operação Traíra. A morte de soldados brasileiros e roubo de material bélico, fez dessa uma situação que merecia uma resposta firme e enérgica. Às 17 horas de 1º de março, o Batalhão de Forças Especiais, estacionado no Rio de Janeiro, recebeu ordens para uma missão especial. O batalhão de F.E. é composto de tropas especializadas em paraquedismo, infiltração, reconhecimento, guerra na selva e contraterrorismo. A força tática foi dividida em 4 grupamentos, cada um composto de 18 homens. Dois grupos de infiltração, um de armas pesadas e outro de comando. Às 4 horas da manhã de 2 de março, já em Brasília, o grupo recebeu no avião, um envelope lacrado com as ordens emitidas pelo COTER. Sua missão localizar os guerrilheiros, eliminar os grupamentos inimigos e recuperar o equipamento roubado. Na manhã do dia 2, os forças especiais aterrisaram em Tabatinga. No início da tarde, os grupos táticos adentraram a selva colombiana, seguindo as trilhas dos guerrilheiros. Todo o Comando Militar da Amazônia deu suporte logístico, e de fogo, mas as unidades convencionais não adentraram na Colômbia. Em poucos dias, os Forças Especiais (F.E.) entraram em combate com o primeiro grupo guerrilheiro, matando 6 e capturando outros 8. Na curva de um rio, os comandos brasileiros surpreenderam outro grupo de guerrilheiros, que foram abatidos durante o combate. Noutra escaramuça, os F.E. identificaram um novo grupo que descia o rio. Identificaram que esse estava embarcado em uma das lanchas brasileiras, além disso, os rebeldes colombianos carregam fuzis FAL 7.62mm e uniformes do Exército Brasileiro. No breve combate, os guerrilheiros foram capturados e, ao serem revistados foram encontrados pertences de soldados brasileiros. Os interrogados acabaram revelando aos comandos detalhes sobre a disposição da força inimiga na região, sua quantidade e a localização de sua base guerrilheira, que ficava cinco horas rio acima, e mais duas horas de caminhada pela floresta. na ocasião essa base contava com mais de cinquenta guerrilheiros. Todos os capturados foram entregues às autoridades colombianas. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Literatura negra para crianças – “A cor da ternura”
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Não é fácil desenvolver consciência negra nas crianças em uma sociedade profundamente racista, e que inibe a cultura negra com contínuos esforços de branqueamento, enfatizando a influência europeia em detrimento de demais culturas. É importante prestarmos atenção aos pormenores da educação de crianças e adolescentes para o fortalecimento de sua identidade e reconhecimento de suas raízes. Em crianças negras o esforço é maior do que o aplicado na criação de outras crianças. Há o esforço para a apresentação de simbologias e referências que possibilitem o desenvolvimento saudável de sua autoestima. Todavia, a realidade enfrentada dificulta este caminho, que pode se tornar tortuoso quando não podemos dispor de materiais de apoio como livros, filmes e brinquedos adequados e próximos à imagem daquela criança. O livro A cor da ternura, de Geni Guimarães, é um material que cumpre este papel de maneira doce e sutil. A obra é autobiográfica e conta os pormenores de sua vida, desde a primeira infância. “- Mãe, se chover água de Deus, será que sai a minha tinta? – Credo-em-cruz! Tinta de gente não sai.” A abordagem de Geni viaja pelas perspectivas de criança, adolescente e adulta, lidando logo cedo com o autoquestionamento sobre a própria posição social e a cor de sua pele. Na narrativa da vida da autora é possível traçar um paralelo com a vida das crianças das periferias brasileiras, que já nascem com obstáculos extras a serem superados, e já crescem fortes, pois são desde cedo expostas à violência física e psicológica causadas pelo racismo, não podendo encontrar outra saída senão enfrentar a vida de provações duplas, triplas, quádruplas. Pois, enquanto uma criança branca é mais bem aceita pela sociedade, a criança negra não raramente é vista como potencial “perigo”. Além disso, a pouca representatividade nos brinquedos e na mídia faz da criança negra um ser quase invisível. É para estas crianças que obras como A cor da ternura se tornam alicerces. Em um trecho do livro, Geni conta como foi a ocasião da “festa para Princesa Isabel”, organizada na escola onde estudava, quando a professora explicou aos alunos o que e quem eram os escravos, usando de linguagem simplória e diminuindo a história africana à escravidão. “Quando dei por mim, a classe inteira me olhava com pena ou sarcasmo. Eu era a única pessoa da classe representando uma raça digna de compaixão, desprezo! Quis sumir, evaporar, não pude. Apenas pude levantar a mão suada e trêmula, pedir para ir ao banheiro.” O despreparo da sociedade em lidar com a verdadeira história dos negros no Brasil ajuda a confundir as pessoas em formação escolar. É comum crianças crescerem com a clara ideia de que a história branca é repleta de grandes feitos, invenções, descobertas científicas e criações artísticas, enquanto aos negros fica reservado o lugar de escravidão que, com a abolição, transmutou-se em servidão doméstica e rural. Geni, assim como outras crianças, teve para si a ideia de que uma raça definiria inferioridade ou superioridade intelectual. Ela foi privada do direito de conhecer sua própria origem. Quando reduzidas a resquícios da época da escravidão, as pessoas negras perdem sua identidade como seres humanos com os mesmos direitos dos demais: a liberdade, o pensamento crítico e a contribuição à sociedade. Tudo isso somado à negação de seu próprio ser e sentir. Esta deficiência na educação acaba por refletir na autoimagem, ou seja, não é difícil que a visão de uma pessoa sobre si mesma se torne nebulosa. Até então, as mulheres da zona rural não conheciam as ‘mil e uma utilidades do bombril’ e, para fazer brilharem os alumínios, elas trituravam tijolos e com o resultante faziam a limpeza dos utensílios. A ideia me surgiu quando minha mãe pegou o preparado e com ele pôs a tirar da panela o carvão grudado no fundo. Assim que terminou a arrumação, ela voltou para casa, e eu juntei o pó restante e com ele esfreguei a barriga da perna. Esfreguei, esfreguei e vi que diante de tanta dor era impossível tirar todo o negro da pele. Daí, então, passei o dedo sobre o sangue vermelho, grosso, quente e com ele comecei a escrever pornografias no muro do tanque d’água A dor física, por vezes, é uma professora melhor do que a teoria. A dor de Geni refletiu em sua vida, da mesma forma que outros jovens negros aprendem a respeitar o próprio corpo, e assim desenvolver o amadurecimento psicológico necessário. Ainda que permeado por fatos dolorosos, a escrita se mantém serena e até poética, especialmente nas passagens relacionadas à formatura da escola. De novo, meu pai ficou em pé, desatou o nó da gravata e assumiu postura de rei. Para melhor me ouvir, esqueceu a etiqueta, fez conchas com as mãos e envolveu as orelhas. As formalidades todas terminaram. Fui até eles para voltarmos juntos. Eu, princesa, entreguei meu certificado ao rei, que o embrulhou no lenço de bolso. Após a formatura Geni foi dar aulas, e entre seus alunos brancos ela precisou lidar com o estranhamento de haver uma professora negra na escola. Nisto, A cor da ternura apresenta uma brilhante visão sobre o diálogo necessário dentro do ambiente escolar e sua fundamental importância na luta contra o racismo institucionalizado. O livro segue sendo uma obra preciosa na construção da identidade negra para crianças, mas que também é bem absorvida por adultos que procuram materiais para a compreensão dos efeitos do racismo na sociedade. Fonte: http://causasperdidas.literatortura.com/ Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
A cidade, o tanque e a memória
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Uma polêmica teve lugar em Porto Alegre no ano de 2016. E suas implicações podem nos levar a algumas reflexões sobre como lidamos com nossa memória histórica.. Como se a cidade de Porto Alegre não tivesse problemas sérios a serem discutidos, uma polêmica se acendeu com a notícia de que um desativado tanque de guerra do exército seria transformado em monumento. De pronto o anúncio causou enorme indignação. Teoricamente os monumentos existem para reverenciar a memória de alguém ou algo que tenha significado. Cumpre então algumas considerações sobre as memórias evocadas frente à notícia da instalação do pitoresco monumento. Bem verdade que são tempos ingratos em que grupos promovem manifestações públicas pedindo o retorno da ditadura militar como solução para os (imensos) problemas da atualidade. O regime instaurado entre 1964 e 1985 é ainda tema que atinge as sensibilidades de forma muito direta. Historicamente, ocorreu “ontem”. As feridas estão abertas e causam culpa e constrangimentos aos envolvidos que se ocultam ou clamam por justiça. Há um embate entre aqueles ansiosos de apagar certas memórias da ditadura militar e aqueles desejosos de manter viva esta memória para que ela não se repita. Daí as exaltações daqueles que consideram qualquer referência ao exército brasileiro como uma homenagem direta ao regime de 1964. Uma atitude que guarda exagero, penso eu. Ainda assim é preciso compreender que nem sempre é possível controlar os fatores que determinam a memória coletiva. Um vereador da cidade chegou a propor um projeto proibindo a utilização de qualquer artefato bélico como monumento. Outro grupo pretende uma intervenção artística para descaracterizá-lo. Lembremos dos casos em que avenidas ou escolas receberam o nome de presidentes da ditadura. Isso sim pode ser considerado uma homenagem direta ao regime. Lembrando aqui que a avenida Castelo Branco teve seu nome trocado para avenida da Legalidade. Por falar em movimento da Legalidade, não custa lembrar que ele só aconteceu por que o senhor Leonel Brizola recebeu apoio do terceiro exército. Um detalhe nem sempre lembrado pelos que honram a memória do movimento que impediu a instalação da ditadura em 1961. Antes disso foram os tanques do general Teixeira Lott que garantiram a posse de Juscelino Kubitschek quando na iminência de um golpe em 1955. Será que o tanque-monumento não poderia evocar estas memórias? Chega dessa infantilidade de imputar os atos da ditadura à totalidade das forças armadas. Nos primeiros dias daquele abril mais de mil militares foram afastados por não compartilharem dos ideários do regime que se instalava. É preciso pensar o papel do exército na sociedade atual e cabe ressaltar que nosso exército sofre da mesma enfermidade de sucateamento e falta de investimentos que a educação, a saúde e todos os setores necessários e estratégicos. É verdade que não raro testemunhamos alguns militares emitirem opiniões bem conservadoras e afinadas com o autoritarismo de 1964, mas deduzir que tais posições representem a totalidade do ideário militar demonstra grosseiro reducionismo. Há setores do exército muito atentos para as necessidades atuais dentro dos limites constitucionais em respeito ao papel das forças armadas na sociedade. A doutrina do soldado cidadão é um bom exemplo de como o exército pode capacitar o jovem para o mercado de trabalho após o serviço militar. Sem falar na questão da tolerância. Não só o exército brasileiro carece de valorização (nem vou tocar no civismo) como imagino que muitas pessoas, não necessariamente defensoras da ditadura, poderão ver o símbolo militar com alguma positividade. Terão elas o direito de ver um monumento ou devem ser taxadas de “fascistas”? Num Brasil de tantas intolerâncias grosseiras e violentas, deixemos em paz o velho tanque. Não faltariam turistas e portoalegrenses a tirarem selfies em todos os ângulos. Trata-se de um veículo que povoa a imaginação de todo menino e lembro bem do dia da minha infância em que pude pela primeira vez entrar em um desses veículos que estava exposto em uma feira. Se andam por aí preocupados com referências ao autoritarismo, sugiro então que atentem para a truculência das nossas polícias em reprimir manifestações de estudantes e professores. Vejo aí um belo monumento ao mais autêntico autoritarismo dos tempos da ditadura e não apareceu nenhum político a fazer projetos contra tais expedientes. Porto Alegre está cheia de monumentos invisíveis pelos quais os cidadãos sem memória passam todos os dias. Não se importam. Não reverenciam sua história. Mal expressam qualquer indignação com as depredações tão freqüentes. Que um futuro de mais coerência permita que possamos entender que existem os nossos monumentos e os monumentos dos outros e que os espaços públicos são para todos. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Um filme para entender a crise de 2007
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Vai aqui uma dica para assistir um filme que explica ao menos a dinâmica mais básica dos mecanismos da grande crise econômica de 2007. Em 2016 foi lançado o filme “A grande aposta”, dirigido por Adam Mckay e contendo no elenco nomes como Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling, Brad Pitt e Marisa Tomei. O diretor já respondeu por comédias como “O âncora” (2204), “Quase irmãos” (2008) e “Os outros caras” (2010). Possivelmente sua experiência com comédias deu-lhe sensibilidade para tratar de forma irreverente e com boa pitada de deboche um tema que seria próprio de um documentário. O filme acompanha a trajetória de alguns investidores que identificam sinais de que o mercado imobiliário norte americano compõe um sistema que está prestes a implodir arrastando outros setores e causando uma crise global. Um destes corretores é Jared Vennett, interpretado por Ryan Gosling, que oferece a informação a clientes pelo melhor preço. Apostar contra a solidez do sistema imobiliário norte americano é considerada uma atitude irracional. Todos acreditam que as hipotecas sempre serão pagas. É fato que um dos fatores fundamentais da crise de 2007 foi a “farra” de concessão de crédito imobiliário para inúmeras pessoas sem conferir se possuíam garantias para honrar eus compromissos. O filme demonstra bem o exacerbo das agências financiadoras, dos instrumentos de verificação de crédito e dos órgãos reguladores. Simplesmente todo um sistema ancorado em uma lógica que estava fadada a ruir. Claro que faltam elementos para compor o cenário e o leigo terá de prestar atenção para um enredo que pode parecer um pouco confuso em meio a termos próprios do economês. Um bom filme para um vislumbre da lógica de mercado que causou a crise de 2007. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
O que é a Matrix? A sociedade de consumo por Marx e Baudrillard
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Erick Morais “Você quer saber o que é a Matrix? Matrix está em toda parte […] é o mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade.” O que é a Matrix? Essa é a pergunta feita por Neo, mas de tão intrigante que é, o telespectador atento a internaliza como sua e, assim, passa a questionar-se. Morpheus, o grande filósofo da obra cinematográfica, diz em dado momento a Neo que somente ele pode descobrir, de fato, o que é a Matrix, do mesmo modo, que somente cada um de nós pode descobrir essa verdade. “Infelizmente, é impossível dizer o que é a Matrix. Você tem de ver por si mesmo”. Sendo assim, a descoberta da realidade é um ato individual, ainda que possa ser influenciado por outrem, e que depende de vontade e coragem. É muito mais fácil permanecer seguindo a rotina cotidiana, fazendo parte de uma engrenagem, como gostam de falar os positivistas. A dificuldade reside em enfrentar as condições dadas, a fim de que se possa atingir a consciência do real, tornando-se um inadequado social. A escolha entre a pílula azul e a vermelha é o que determina se você quer saber o que é a Matrix. Se você decidiu pela pílula azul, por favor, não continue. Caso, ainda esteja lendo, escolheu a vermelha. Sábia escolha. Seguem as palavras de Morpheus sobre o que é a Matrix: Neo: O que é a Matrix? Morpheus: Você quer saber o que é a Matrix? Matrix está em toda parte […] é o mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade. Neo: Que verdade? Morpheus: Que você é um escravo, Neo. Como todo mundo, você nasceu em um cativeiro. Nasceu em uma prisão que não pode ver, cheirar ou tocar. Uma prisão para a sua mente. A Matrix, dessa forma, é a construção artificial de uma realidade que se reveste de aparências determinadas pela nossa mente. É uma hiper-realidade, uma espetacularização, dada pelos dominantes e que aceitamos como verdadeira. Como prisão “tradicional”, haveria repulsa e todos combateriam tal prisão. No entanto, quando se criam gaiolas enfeitadas e cheias de distrações, passamos a não perceber (ou não querer perceber) que, embora existam “atrativos”, ainda estamos em uma prisão. E como toda prisão, há controle, coerção e cerceamento de liberdade. Todos os elementos que formam a Matrix não passam de manipulações sígnicas feita por aqueles que detêm o monopólio das relações de força, para usar um termo de Foucault, e que nós aceitamos como verdadeiras. Assim, internalizamos as coisas a partir de seu valor simbólico, o que leva, por consequência, a um mundo de simulacros. Embora, o simulacro seja uma versão simulada da realidade, a sua construção se dá de uma forma tão cuidadosa que a ilusão passa a substituir o real no imaginário das pessoas. Estas ficam condicionadas de tal maneira que se recusam a aceitar que aquele mundo é apenas uma ilusão. Morpheus chega a alertar Neo para isso, afirmando-lhe que alguns indivíduos estão tão habituados àquela realidade que defenderão o sistema. Esse fato demonstra que a força do dominante consiste no nosso consentimento, uma vez que aceitamos uma realidade que nós é passada sem o menor poder de questionamento. Pelo contrário, procuramos aumentar a nossa dependência e alienação ao sistema, o que em uma sociedade de consumo, obviamente demonstra-se pelo consumismo. A de se considerar que o problema não é o consumo, mas sim, o valor simbólico que é dado às mercadorias, criando a hiper-realidade da Matrix. Essas ideias de Baudrillard podem ser percebidas também em Marx, a saber, na relação de fetichismo da mercadoria, em que as pessoas passam a atribuir às mercadorias um valor quase divino, as consumindo pela sua transcendência, isto é, pela capacidade que certas mercadorias têm de elevar o indivíduo perante os outros. O que não percebemos (ou não queremos perceber), mais uma vez, é que a Matrix, a nossa sociedade consumista, cria um exército de servos voluntários, que aceita os grilhões impostos pelos dominantes através da publicidade, como se fossem soluções mágicas de felicidade. Tomando suas pílulas azuis todos os dias, distanciam-se de si mesmos e, portanto, do autoconhecimento, tão necessário à libertação, já que, como dito, a libertação é individual e se o indivíduo não busca autoconhecer-se a fim de pensar de forma crítica o mundo que o circunda, torna-se impossível enxergar a Matrix. A decisão entre sair ou permanecer na caverna é difícil desde Platão. Entretanto, a coragem é o que separa as almas livres dos meros autômatos que nos tornamos. A coragem é que faz um homem decidir tomar a pílula vermelha e livrar-se das amarras que tornam o mundo mais “bonito”. A coragem é que faz o homem manter-se erguido percebendo a decadência da humanidade fora da hiper-realidade. A coragem é o que permite que alguns homens lutem pela liberdade daqueles que se acham livres por poderem escolher entre o Bob’s e o McDonald’s. A coragem é o que falta para aqueles que insistem em continuar em dobrar a colher e não percebem que são eles que se dobram, pois como disse Goethe: “Não existe pior escravo do que aquele que falsamente acredita estar livre.” Texto coletado do blog Obvious. http://obviousmag.org/ Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
A fórmula da vida eterna de Newton
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29 filmes sobre a Grécia Antiga
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Segue uma indicação de bons filmes sobre a Grécia Antiga. Já assisti a maioria, mas sempre que alguém me pede uma indicação, não lembro a maioria. Então fiz aqui uma lista dos principais. Os filmes estão organizados por ordem de ano de lançamento. Alexandre, o grande (Alexander the Great) Diretor: Robert Rossen. EUA. Ano de lançamento: 1956. Sinopse: Alexandre (Richard Burton) é um homem perturbado pelo conflito entre a elevada sabedoria de seu professor, Aristóteles (Barry Jones), a lealdade a seu pai (Fredric March), um guerreiro, e seu próprio grandioso desígnio de dominar o mundo. Em um mundo turbulento de política conturbada, este jovem ambicioso ergue-se acima de todos os conflitos a fim de julgar os continentes da Europa e Ásia e tornar-se um dos maiores e mais famosos governantes de todos os tempos. Antígona (Antigoni) Diretor: Yorgos Javellas. Grécia. Ano de lançamento: 1961. Sinopse: Antígona é uma tragédia grega de Sófocles, composta por volta de 442 AC. É cronologicamente a terceira peça de uma sequência de três tratando do ciclo tebano, embora tenha sido a primeira a ser escrita. A personagem do título é Antígona, filha de Édipo, e irmã de Etéocles e Polinice. A história tem início com a morte dos dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, que se mataram mutuamente na luta pelo trono de Tebas. Com isso sobe ao poder Creonte, parente próximo da linhagem de Jocasta. Seu primeiro édito dizia respeito ao sepultamento dos irmãos Labdácidas. Ficou estipulado que o corpo de Etéocles, receberia todo cerimonial devido aos mortos e aos deuses. Já Polinices teria seu corpo largado a esmo, sem o direito de ser sepultado e deixado para que as aves de rapina e os cães o dilacerassem. Creonte entendia que isso serviria de exemplo para todos os que pretendessem intentar contra o governo de Tebas. Hércules na conquista de Atlântida (Ercole alla Conquista di Atlantide) Diretor: Vittorio Cottafavi. França / Itália. Ano de lançamento: 1961. Sinopse: O magnífico e incomparável filho dos deuses Hércules encara mais um grande desafio, tendo que salvar uma belíssima nobre das garras de uma terrível e maligna criatura. Ela o acolhe em sua cidade natal, a lendária Atlântida, onde Hércules deve enfrentar mais perigos e desafios para salvar a vida de sua amada, ameaçada pela própria mãe da donzela, e também a vida de seus companheiros, como Timóteo, o Anão. Tudo isto deve ser feito antes que a cidade e todos os seus habitantes sejam completamente destruídos, inclusive o nosso herói. Hércules no centro da terra (Ercole al Centro della Terra) Diretor: Franco Prosperi / Mario Bava. Itália. Ano de lançamento: 1961. Sinopse: Hércules precisa lutar contra um monstro de pedra, recuperar uma maçã dourada da árvore de Hespérides e enfrentar horrores de Hades para salvar sua amada das garras do perverso Lyco (Christopher Lee). Electra, a vingadora (Ilektra) Diretor: Mihalis Kakogiannis. Grécia. Ano de lançamento: 1962. Sinopse: Depois da guerra de 10 anos contra Tróia, Agamenon (Theodoros Dimitrief), o arqui-general de todos os gregos, retornou vencedor ao seu reino. O povo de Micenas e sua esposa, Clitemnestra (Aleka Katselli), o receberam com grandes honras, mas enquanto o marido estava na guerra ela estava nos braços de um amante, que mata Agamenon logo após o seu retorno. Electra (Irene Papas) e Orestes (Yannis Ferthis), os filhos de Agamenon e Clitemnestra, sabiam que o crime tinha sido cometido com o apoio da mãe, mas como eram crianças não podiam fazer nada. Orestes deixa o lar e Electra permanece, ansiando pelo dia que poderá vingar a morte de Agamenon. Os Valentes Damão e Pítias (Il tiranno di Siracusa) Diretor: Curtis Bernhardt. Itália. Ano de lançamento: 1962. Sinopse: Este filme é baseado na história da amizade sincera e verdadeira entre os míticos heróis gregos Damão e Pítias, seguidores de Pitágoras, que despertam a ira do tirano Dionísio, de Siracusa, pela vivência de seus discursos. Quando Pítias precisa sair da prisão para visitar sua esposa em Atenas, o ditador propõe que Damão ocupe o lugar daquele, com o pérfido intento de provar que a amizade não é tão profunda quanto parece. Os 300 de Esparta (The 300 Spartans) Diretor: Rudolph Maté. EUA. Ano de lançamento: 1962. Sinopse: A derrota em Maratona (490 a.C.), não fez os persas desistirem de incluir a Grécia nos vastos domínios de seu império. Em 480 a.C., o rei Xerxes lidera um numeroso exército e uma poderosa frota para realizar o frustrado projeto de seu pai, Dario I. Enquanto o exército asiático avança pelo litoral (para ser abastecido pela frota), as cidades-estado gregas, divididas por suas querelas internas, não conseguem, imediatamente, adotar uma estratégia comum. Quando muito, despacham um pequeno contingente de hoplitas para o estreito desfiladeiro das Termópilas (passagem obrigatória para a Grécia central), visando retardar o progresso do invasor. Por um curto tempo, os gregos resistem, mas quando o local é circundado pelos persas, a resistência se torna inútil e todos recuam, salvo o rei Leônidas que, à frente de trezentos espartanos, opta por conquistar a glória mediante uma morte heróica. Tal é o tema dessa produção cinematográfica estadunidense, realizada com a cooperação do governo da Grécia, e filmada na localidade grega de Perachora, no Peloponeso. Jasão e o velo de ouro (Jason and the Argonauts) Diretor: Don Chaffey. EUA / Reino Unido. Ano de lançamento: 1963. Sinopse: Jasão lidera um time de aventureiros em uma perigosa busca pelo lendário velo de ouro. Hércules e a princesa de Tróia (Hercules and the Princess of Troy) Diretor: Albert Band. EUA / Itália. Ano de lançamento: 1965. Sinopse: Hércules luta contra um monstro do mar para salvar a lendária cidade de Tróia e sua princesa Diana, herdeira do trono que foi aprisionada por
Sobre quem é o verdadeiro inventor da aviação
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Num dos momentos mais emocionantes da festa de abertura das olimpíadas de 2016 no Brasil, uma réplica do 14 bis de Santos Dumont simula um vôo, amparado por cabos e tripulada por um ator caracterizado do personagem histórico. Consta que a atração quase foi cancelada por questões orçamentárias. Diante do fato, a delegação de atletas norte americanos manifestou indignação e as redes sociais emitiram comentários debochados, como aquele que afirmou que “seja onde quer que estivessem, os irmãos Wright estariam às gargalhadas” com a triste demonstração. A historiografia norte americana reinvindica ferrenhamente a invenção e nega o pioneirismo brasileiro. Como este país possui uma poderosa indústria cultural, boa parte do mundo aceita sua versão. Mas a história pode não ser bem aquela. Vamos aos fatos. Nunca como no século XIX a ciência foi louvada e acalentada pelos sonhadores. Não faltou quem olhasse aos céus e desejasse que o homem voasse livre como os pássaros. Não era mais uma utopia. Tratava-se já de uma professia com os dias contados e a posteridade apenas aguardava a revelação do nome de quem seria o primeiro. As pesquisas mais promissoras concentravam-se em dois eram problemas principais. Em primeiro lugar a possibilidade de dirigir balões para o destino desejado. Em segundo, fazer com que aparelhos mais pesados que o ar pudessem flutuar. Posto que era uma questão de tempo até que surgisse alguém reivindicando ser o pioneiro da aviação, foi necessário que se definissem regras precisas daquilo que se poderia considerar tecnicamente como o primeiro vôo da História. A França era um dos centros científicos onde a discussão se concentrava. A criação do Aeroclube francês data de 1898 e tinha como objetivo definir os preceitos da aviação e criar eventos que estimulassem os empreendedores. A partir de critérios precisos, foram oferecidas premiações. As experiências deveriam ser públicas, com data marcada, condições climáticas favoráveis e diante de uma comissão especializada. No ano de 1901 Santos Dumont arrematou um prêmio de cinquenta mil francos após contornar a torre Eiffel num dirigível de hidrogênio (dirigível nº 6) impulsionado por um motor a gasolina. Ele percorreu onze quilômetros em torno de meia hora. Santos Dumont nasceu em Minas Gerais no município de Palmira, que atualmente leva seu nome. Consta que a obra do escritor Julio Verne exerceu enorme influência na imaginação do inventor que desde cedo mostrou-se fascinado por tecnologia. Na juventude, Santos Dumont viajou à França onde praticou alpinismo chegando à conquistar alturas de cinco mil metros, acostumando-se com altitudes elevadas. Também conheceu a Inglaterra e os Estados Unidos. Quanto à possibilidade de que um corpo mais pesado do que o ar levantasse vôo era uma história bem diferente. Físicos renomados chegaram a declarar que tal façanha seria impossível. Contudo homens cheios de obstinação viriam provar que tal descrença não se fundamentava. Clément Ader projetou uma máquina voadora que chegou a voar, mas não ganhou altitude. O norte americano Samuel Langley fez um pequeno modelo não tripulado voar. Um nome que avançou muito nas pesquisas foi o alemão Otto Lilienthal com seus planadores, demonstrando que o sonho era possível. A morte deste último numa tentativa de vôo em 1896 lançou um clima de apreensão e medo entre os inventores. O aeroclube francês não considerava que planar fosse um vôo. A notícia de impacto chegou em 1903 quando um telegrama anunciava que os irmãos Orville e Wilbur Wright tripularam um aparelho mais pesado que o ar indo contra ventos de quarenta quilômetros por hora e chegando a percorrer uma distância de trinta e nove quilômetros. Contudo, nenhuma evidência era apresentada. Nenhuma foto e somente um telegrama escrito pelos próprios irmãos atestava o feito. Diante do fato de que sequer era permitido que testemunhas neutras visualizassem a experiência, o aeroclube francês desconsiderou a experiência dos irmãos Wright que, por sua vez, relutavam em demonstrar sua invenção na Europa. Alega-se que um dos motivos era que seu aparelho necessitava ser impulsionado por uma espécie de catapulta. Outra razão era o medo de que a ideia fosse roubada. Mesmo em solo norte americano, a feira de Saint Louis de 1904 ofereceu um prêmio para que realizasse a façanha do de voar, mas os irmãos não compareceram. Interessante é que o próprio jornal “The Dayton Daily News”, que noticiou a façanha dos irmãos Wright em reportagem de 18 de dezembro de 1903, estampava a manchete citando ninguém menos do que Santos Dumont. O 14 bis ainda não tinha voado, mas o brasileiro certamente já era uma referência na incipiente ciência da aeronáutica, As regras definiam então que a demonstração de vôo deveria ser realizada sem qualquer interferência de ventos ou outros fatores externos. O aparelho deveria decolar por seus próprios recursos. Uma comissão oficial deveria testemunhar e validar a façanha. Assim, nos campos de Bagatelle, em Paris, no dia 23 de outubro de 1906 uma comissão, juntamente com uma multidão de curiosos, testemunhou o primeiro vôo homologado da história. O 14 bis de Santos Dumont percorreu uma distância de 60 metros numa altura de dois a três metros, o que lhe valeu o prêmio de três mil francos. Em menos de um mês ele realizou um vôo na distância de 220 metros a seis metros de altura. Ao contrário dos irmãos Wright, Santos Dumont não fazia segredo de seus projetos chegando mesmo a publicá-los. Antes de voar com o 14 bis, construiu vários protótipos de diversos tipos até chegar num modelo que voasse. Em 1907 ele tornaria a ganhar os céus com o Demoiselle que chegou a ser produzido em escala industrial e foi destaque na Primeira Exposição Aeronáutica, em Paris. Somente em 1908 os irmãos Wright apresentaram na Europa seu modelo de máquina voadora, o Flyer, com fotos do
A guerra dos macacos
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Durante muito tempo os cientistas partilharam do consenso de que os seres humanos eram a única espécie capaz de fabricar artefatos ou ainda utilizar ferramentas para ferir seus inimigos. Parece que estavam enganados. Existe um único registro documentado de uma guerra civil entre chimpanzés e as motivações parecem estar muito próximas daquelas que originaram tantos conflitos na história da humanidade. Ainda hoje os pesquisadores demonstram perplexidade com relação ao fato e uma série de dúvidas persistem quanto aosreais motivos. Era janeiro de 1974. Um chimpanzé chamado Godi fazia calmamente sua refeição em uma árvore afastada no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia. Godi percebeu tarde demais que estava cercado por oito macacos. Numa tentativa de se salvar, ele conseguiu pular da árvore e tentar correr, mas foi logo imobilizado. Durante um período que durou entre cinco e dez minutos ele foi brutalmente golpeado sem que pudesse se desvencilhar do ataque. Ao fim deste tempo ele jaziano chão em estado tão deplorável que mal podia se mover. O macaco Godi nunca mais foi visto e presume-se que tenha morrido em decorrência dos ferimentos sofridos no ataque. A emboscada contra Godi não foi um ato isolado. Foi na verdade o início de uma série de conflitos que dividiu uma comunidade de chimpanzés na reserva de Gombe, o que foi chamado pela primatologista britânica Jane Goodall de “A Guerra dos 4 Anos” e que consistiu numa onda de assassinatos sistemáticos, premeditados e violentos que nunca foram antes registrados entre primatas. Os motivos reais e exatos ainda são um mistério.Talvez nunca venhamos a saber os pormenores com exatidão. Existem, contudo, fortes indícios de que a guerra entre os primatas esteja envolta numa aura de “disputas de poder, ambição e ciúmes”, segundo o professor de antropologia evolutiva, Joseph Feldblum. Jane Goodall atualmente tem mais de 80 anos e durante mais da metadede sua vida foi dedicada à pesquisa no campo da primatologia. Em boa parte desse período esteve no Parque Nacional de Gombe. A pesquisadora já havia revolucionado a compreensão que temos sobre os animais ao revelar ao mundo que chimpanzés eram capazes de fabricar e usar ferramentas para caça, além de possuir uma linguagem primitiva e ser capazes de compreender e interpretar a intenção de seus pares. Goodall acompanhou todo o episódio da guerra dos chimpanzés na década de 70 e constatou a capacidade de crueldade que esses animais podiam demonstrar. Durante os quatro anos dos conflitos ela documentou saques, surras e assassinatos entre duas facções (Kasakela e Kahama) que se concentravam no sul do parque, Neste período constatou-se que um terço das mortes de chimpanzés machos foram causadas pelos próprios animais. Os chimpanzés são animais capazes de praticar violência, mas os ocorridos no parque Gombe excederam todos os registros de brutalidade de que tínhamos conhecimento. O episódio ainda hoje é estudado e as interpretações mais recentes analisaram as alianças entre 19 chimpanzés machos durante um período de sete anos anteriores ao conflito. De acordo com esta análise, no período que vai de 1967 a 1970 os machos do grupo original estavam misturados e sociabilizados. Então a comunidade começou a se dividir e alguns macacos passavam mais tempo no norte enquanto outros passavam mais tempo no sul. Em 1972 a socialização entre os machos já ocorria exclusivamente dentro das facções Kasakela ou Kahama. Com o tempo os integrantes começaram a demonstrar atitudes de hostilidade quando a outra facção se aproximava. Eles subiam nas árvores, davam gritos que indicavam demonstrações de poder. Ao se aproximarem, jogavam galhos uns nos outros. Embora as origens das animosidades sejam um mistério, existe a forte suspeita de que o conflito tenha iniciado devido à luta pelo poder entre três machos: Humphrey, pelo grupo do norte, e seus rivais do sul, Charlie e Hugh. A violência entre eles afetou toda a comunidade e alterou toda a rede de relações e vínculos sociais. Humphrey era grande e ameaçador e sabia atirar pedras. Charlie e Hugh só conseguiam intimidá-lo quando estavam juntos. Durante os quatro anos em que duraram os conflitos, o grupo de Humphrey destruiu gradativamente o grupo rival com ataques que causavam espancamentos e mortes. O grupo invadia o território alheio e, ao encontrar um chimpanzé, o atacava cruelmente até quenão pudesse se levantar mais devido aos ferimentos. Neste estado era deixado para morrer. O conflito da reserva de Gombe foi levado adiante numa sequência de eventos até que um grupo aniquilou o outro praticamente por completo e assim tomou seu território. Somente então o conflito foi dado por encerrado. A guerra dos macacos oferece uma assustadora oportunidade para que possamos olhar para o nosso próprio passado oferecendo um vislumbre para nossas verdadeiras origens. Assombroso pensar que o progresso de nossa civilização pode ter conhecido seus primeiros impulsos não pelas conquistas maravilhosas de nosso cérebro desenvolvido possibilitando o engenho humano no campos das coisas que enaltecem os homens, mas, pelo contrário, nos domínios da violência, da guerra e da destruição. Até agora não há notícia ou registro de que evento semelhante tenha ocorrido entre os animais, salvo entre os seres humanos que, de lá pra cá, se dizimaram aos milhões em incontáveis guerras. 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Nietzsche e o eterno retorno
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A perene ampulheta do existir será sempre virada novamente – e você com ela, partícula de poeira!’. – Você não se prostraria e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que assim falou? Ou você já experimentou um instante imenso, no qual lhe responderia: “Você é um deus e jamais ouvi coisa tão divina!”. Se esse pensamento tomasse conta de você, tal como você é, ele o transformaria e o esmagaria talvez; a questão em tudo e em cada coisa, “Você quer isso mais uma vez e por incontáveis vezes?‟, pesaria sobre os seus atos como o maior dos pesos! Ou o quanto você teria de estar bem consigo mesmo e com a vida, para não desejar nada além dessa última, eterna confirmação e chancela” – Friedrich Nietzsche, Gaia Ciência, 341 O Eterno Retorno talvez seja um dos pensamentos mais conhecidos e importantes de Nietzsche. Procurando encontrar alternativas para fugir do niilismo decorrente da morte de Deus, o pensador alemão invoca a ideia do Eterno Retorno como possibilidade de aceitar e afirmar a vida. O importante não é pensá-lo como uma hipótese cosmológica, mas sim como um desafio ético, um pensamento seletivo. Você viveria sua vida mais uma vez e outra, e assim eternamente? Se fosse condenado a viver a mesma existência infinitas vezes, e nada além disso, como se sentiria? O Eterno Retorno é o niilismo usado como ferramenta contra ele próprio. Este pensamento é um teste que só os fortes podem suportar, um pensamento que seleciona as forças ativas. Caso se ame a vida e a frua autenticamente, a ideia do Eterno Retorno é uma bênção. Mas caso se esteja esperando pela próxima, guiando sua existência por uma pós-vida, amaldiçoando esta, neste caso, o pensamento de tudo voltar eternamente seria encarado como uma maldição. Aqueles que ainda podem nadar, abrem seu caminho em meio ao mar caótico das forças e chegam em terras desconhecidas, mas o mais pesado dos pesos faz naufragar os escravos da moral. Para Nietzsche, este pensamento supera todas as religiões e metafísicas porque mantém o centro de gravidade ética no real, não se busca por justificativas além-mundo para valorizar esta existência, ela se justifica por si mesma. O sem-sentido é uma operação seletiva. Mas a seleção é bem diferente da platônica. Aqui a ideia é destruir em nós o que não pode ser salvo e voltar a criar o que possui a capacidade de criar. O martelo de Nietzsche serve para destruir e construir. Ele libera as forças corrompidas pelo ideal. O Eterno Retorno seleciona porque dilacera quando passivamente interpretado e leva ao êxtase quando ativamente interpretado. Com a morte de Deus, o mundo perde todos os parâmetros transcendentes em que se guiava. Não temos mais certo e errado, bem e mal como valores que alguma divindade nos revelaria, tudo passa a ser determinado pelo homem, construído e destruído exclusivamente por ele. O Eterno Retorno é o niilismo mais selvagem que assusta aqueles que buscam um sentido. Ele abre dois caminhos: um onde a exaustão se esgota por si mesma; outro onde a abundância se supera: se separa e se expande. Pois bem, se a vida não tem sentido fora da própria vida, se não há valores transcendentes, então não há nenhum sentido na vida fora dela mesma, e não há uma entidade para julgar nossas ações. O Eterno Retorno coage o indivíduo a dar sentido por si mesmo. Ele se torna criador de valores, operando uma transvaloração de todos os valores. Esta capacidade de criar e ser juiz é o que justificará sua existência. Ele precisa escolher e criar pensando “viveria isso eternamente?”, “se tudo retorna, que forças justificam seu retorno?”. A ideia de que tudo pode retornar exatamente igual nos torna infinitamente responsáveis por nossas escolhas e atitudes. Como seremos obrigados a vivê-las infinitas vezes, precisamos fazer o melhor possível, aqui e agora. Precisamos viver de modo que repetir tudo outra vez seja uma bênção! A vida não tem sentido? Ótimo! Melhor assim! Já imaginaram como seria se o mundo já estivesse justificado por um decreto divino? Já estivesse tudo decidido por algum ser superior? Por qualquer entidade que seja? Que tédio! Isso sim seria um terrível fardo! Não haveria sentido em criar nada. A moral, a religião, protegeram até agora a vida do sem-sentido, mas o Eterno Retorno é capaz de liberar as forças e diferenciar. Este é o papel do pensamento seletivo, acelerar a decadência nos permite ver quais forças devem se salvar e quais devem ser aniquiladas. Portanto, o maior de todos os pesos é também o maior de todos os presentes: se tudo retorna, a vida não tem sentido! Nós damos sentido a nossas vidas, como um artista que dá sentido a sua obra. Que bênção! Temos a chance, esta sim nos parece divina, de sermos responsáveis por nossa própria criação. Nietzsche abriu a possibilidade de nos tornamos artistas! Esculpindo-nos como nossa própria obra de arte; dançando a música da vida, não pelo que acontece depois que ela termina, mas pelo prazer do ritmo e da melodia. Texto coletado do
O plano Schlieffen
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato A estatégia alemã para vencer a Primeira Guerra Mundial O Plano Schlieffen foi um plano de batalha, elaborado por estrategistas alemães, para garantir a vitória contra a França e a Rússia. A partir da década de 1870, os militares alemães refletiram sobre uma preocupação estratégica particular: se a Alemanha alguma vez se encontrasse em guerra com a França e a Rússia, seria cercada e forçada a lutar em duas frentes, dividindo os seus recursos e duplicando o risco. Uma estratégia melhor seria nocautear rapidamente um de seus antagonistas e depois lidar com o outro – mas era mais fácil falar do que fazer. Os franceses construíram uma cadeia de fortes, defesas e casamatas de concreto (ninhos de metralhadoras) ao longo de sua fronteira oriental com a Alemanha. Essas fortificações tornavam a invasão da França uma perspectiva difícil; qualquer ataque ao território francês seria retido, levaria semanas para penetrar e provavelmente envolveria perdas significativas.Os alemães adotaram uma solução alternativa para este impasse chamada Plano Schlieffen. Foi nomeado em homenagem ao seu inventor, o conde von Schlieffen, que construiu o plano em 1905, depois de estudar o desempenho dos militares russos na sua malfadada guerra com o Japão (1904-1905). Schlieffen observou que a Rússia era enorme, mas carecia de ferrovias; qualquer mobilização completa das suas forças levaria várias semanas, talvez até três ou quatro meses. Ele decidiu encontrar uma maneira de invadir a França, capturar Paris e forçar a rendição francesa rapidamente, de preferência dentro de dois meses; depois disso, a Alemanha poderia voltar toda a sua atenção para a Rússia. O plano de batalha de Schlieffen envolvia algumas tropas alemãs que entravam em França através das suas fronteiras norte, menos defendidas – mas a maioria invadiria através das pequenas nações da Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. Estas três nações eram neutras, não possuíam forças militares consideráveis e tinham fronteiras com a França que estavam em grande parte desprotegidas. Uma vez no norte da França, quatro ondas de tropas alemãs varreriam o sudoeste e desceriam em direção a Paris. Como a maioria das tropas francesas estariam posicionadas na fronteira alemã, poderiam ser flanqueadas e cercadas. Schlieffen e os seus estrategistas previram que a vitória poderia ser alcançada em apenas 40 dias. “As exigências impostas aos homens e aos animais, a exigência de uma coordenação perfeita a longas distâncias e a dificuldade de desalojar oponentes entrincheirados sugerem que o plano nunca poderia ter tido sucesso. O plano de Schlieffen era uma estratégia brilhante, mas concebida para uma época em que os exércitos chegavam a dezenas de milhares, e não a centenas de milhares e milhões. Ainda assim, os detalhes do planeamento parecem ter fornecido a base para uma confiança generalizada de que poderiam vencer a guerra que acreditam que iria acontecer, e que poderiam vencê-la rapidamente”, nas palavras de Frank B. Tipton, historiador. Foi uma estratégia ousada que refletiu a filosofia de Schlieffen: “Para vencer, temos de ser os mais fortes dos dois no ponto de impacto. A nossa única esperança reside em fazermos a nossa própria escolha de operações, e não em esperar passivamente por tudo o que o inimigo decidir fazer.” Mas nem todos no alto comando alemão apoiaram o seu plano. Alguns consideraram-no arriscado, provocativo e um desperdício de homens e recursos. O substituto de Schlieffen, o General von Moltke, era desta opinião. Quando assumiu o comando em 1906, reduziu a estratégia de Schlieffen, reduzindo o número de tropas e retirando a Holanda do plano de batalha. Em agosto de 1914, as tropas alemãs entraram na Bélgica de acordo com o plano modificado de von Moltke, pegando de surpresa o pequeno contingente belga. Mas foi na Bélgica que a estratégia começou a desmoronar. As forças militares belgas, apoiadas por milícias civis, detiveram os alemães durante quase quatro semanas – o dobro do tempo previsto. O ataque à Bélgica neutra também atraiu a Inglaterra, avalista da neutralidade belga, para a guerra. A Bélgica também forneceu uma fonte rica de propaganda aliada sobre o insensível desrespeito alemão pela neutralidade, bem como sobre as alegadas brutalidades alemãs contra civis, mulheres e crianças belgas. Em termos militares, o Plano Schlieffen foi parcialmente bem sucedido, na medida em que permitiu uma rápida penetração em França. Mas a natureza deste avanço criou os seus próprios problemas. A velocidade do avanço alemão colocou grande pressão sobre as suas tropas, a maioria das quais viajava a pé. No espaço de um mês, as divisões alemãs alcançaram o rio Marne, imediatamente a nordeste de Paris – mas estavam fatigadas, cansadas da batalha devido às marchas, além de muitos combates pequenos mas frequentes ao longo do caminho. Houve também uma pressão considerável nas longas linhas de abastecimento alemãs (as rotas pelas quais um exército em avanço recebe os seus alimentos, munições, reforços e outras necessidades). O Plano Schlieffen também subestimou as forças armadas, as infra-estruturas e a capacidade de mobilização tanto da França como da Rússia. Na Frente Oriental, os russos conseguiram lançar uma ofensiva contra a Alemanha mais rapidamente do que o previsto. Os franceses também organizaram e movimentaram rapidamente as suas próprias tropas. Várias centenas de táxis parisienses foram até requisitados pelos militares e usados para transportar milhares de soldados para posições defensivas. O avanço alemão foi finalmente interrompido na Batalha do Marne, que durou uma semana (setembro de 1914); sua incapacidade de avançar ainda mais tornou-se um fator importante no desenvolvimento da guerra de trincheiras e da Frente Ocidental. Fonte: https://alphahistory.com/worldwar1/schlieffen-plan/ tradução adaptada Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
O sistema eleitoral norte americano
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Quando os norte americanos vão às urnas, eles o fazem pra votar no candidato à presidência de sua escolha, mas na verdade o seu voto escolhe o delegado de um colégio eleitoral que por sua vez vai votar no candidato vencedor naquele Estado. Essa é a mecânica básica de seu sistema eleitoral de voto indireto. Aqui no Brasil a imprensa faz a gente pensar que existem apenas os dois grande partidos: Democratas e Republicanos. Mas não se deixe enganar pensando que existem só dois. Existem outros partidos menores e eles até lançam seus candidatos à presidência, mas raramente alcançam alguma expressão nos votos. Nas eleições presidenciais de 2020, por exemplo, a imprensa brasileira deu pouco destaque ao candidato que ficou com o terceiro lugar, mas ela existe e chama-se Jo Jorgensen, do Partido Libertário. Alcançou 1,7 milhões de votos. Por diversos motivos que não cabe comentar aqui, o sistema é dominado pelos dois partidos tradicionais: Democratas e Republicanos. Também deixaremos de lado uma análise sobre as diferenças entre eles, mas eles existem desde o século XIX senão antes. Os EUA tem mais de 200 milhões de eleitores, mas o voto não é obrigatório. Isto significa que em na época do pleito os partidos precisam convencer as pessoas a sair de casa no dia da eleição. Tarefa que nem sempre é fácil. Um fator importante para que se compreenda muitas coisas na política norte americana é o federalismo e lá essa instituição é muito forte. Cada Estado tem suas próprias leis, o que inclui as eleitorais. Na quase totalidade prevalece a regra de O VENCEDOR LEVA TUDO (The winner takes it all). Isso significa que a contagem dos votos em cada estado garante apenas um primeiro lugar e não a proporcionalidade dos votos como estamos acostumados aqui no Brasil. Somente dois Estados tem uma regra diferente: os Estados do Mayne e do Nebraska. Ali o candidato que tiver 30% dos votos, por exemplo, vai levar essa proporção de delegados. Aí sim um sistema de proporcionalidade (Congressional District Method). O colégio eleitoral O colégio eleitoral é determinado pela Constituição e segue o princípio de que cada delegado deve representar um número similar de pessoas. Existem no total 538 delegados. O princípio de distribuição procura seguir o da densidade populacional. Sendo assim, Estados com poucos habitantes chegam a ter apenas 3 delegados enquanto outros como a Califórnia possuem 55 delegados. Esses delegados são nomeados de acordo com regras estabelecidas por cada Estado. Esses delegados é que são os eleitores e irão dar seu voto ao candidato vencedor no seu Estado de acordo com a regra de… “o vencedor leva tudo”. Na história dos EUA, poucas vezes aconteceu de um delegado não votar no vencedor de seu Estado, E isso nunca chegou a abalar o resultado de alguma eleição. Sobre esta questão, no ano de 2020 a Suprema Corte decidiu que os delegados não tem o direito de pronunciar um voto diferente daquele que foi decidido nas eleições de seu Estado. Embora as eleições sempre tragam algumas surpresas, o eleitor norte americano costuma ser bem tradicional. Alguns Estados costumam ser republicanos, como o Texas, Estados do centro e sul; outros se posicionam pelos democratas, como Califórnia e New York. Há ainda aqueles que não se definem e podem oscilar em cada eleição. São conhecidos como os Estados que dançam (swing states), como por exemplo a Pensilvânia, Ohio, Iowa, etc. Logo são esses que recebem sempre maior atenção dos candidatos na disputa eleitoral. E quem sai como vencedor? De acordo com as regras eleitorais, o candidato vencedor precisa ter a metade dos votos, mais um. O número de votos de delegados que define o vencedor é 270. Entre meados de novembro e dezembro o colégio eleitoral se reúne na capital de cada Estado e oficializa os votos. Afinal, não há aqui nenhuma novidade e a decisão já é conhecida desde o final da contagem dos votos populares. Um detalhe curioso é que com essa regra pode acontecer de um candidato ter menos votos populares e vencer porque teve votos em Estados com mais delegados. Isso já aconteceu cinco vezes. No ano de 2000, Al Gore teve 51 milhões de votos populares e ganhou 266 delegados. Seu oponente, George W, Bush que teve 600 mil votos a menos, porém venceu ficando com 271 delegados. Outro exemplo foi em 2016 quando a candidata Hillary Clinton recebeu mais de 65 milhões de votos enquanto seu adversário Donald Trump teve apenas 62 milhões, mas venceu em Estados chave e ficou com 304 delegados. No caso de um empate ou de que nenhum candidato consiga atingir 270 delegados é a câmara dos representantes que faz a escolha do presidente. Isso aconteceu em 1824, quando nenhum dos candidatos obtiveram os votos necessários para aprovação. A Câmara escolheu o presidente John Quincy Adams que disputava com Andrew Jackson. O empate também só aconteceu uma vez, em 1800, quando a Câmara escolheu o presidente Thomas Jefferson. De tudo isso fica a questão: se o sistema de eleições indiretas não parece o mais justo e democrático por que é que ele ainda é mantido? Existe sim um debate sobre a possibilidade de mudar esse sistema eleitoral.
Oitenta anos da morte de Trotsky – 20/08/1940
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Oitenta anos da morte de Trotsky – 20/08/1940 Bráulio Flores Ele foi o discípulo mais leal à Vladimir Lenin, um intelectual, um revolucionário apaixonado, um organizador. Leon Trotsky ainda em nossos dias, é visto por muitos do mundo comunista, como o verdadeiro herdeiro do bolchevismo marxista. Durante muitos anos, Lenin, Trotsky e outros bolchevistas tentaram implantar a revolução na Rússia. Os discursos inflamados dos revolucionários provocaram a reação das autoridades, logo todos foram presos e exilados. Mesmo no exterior, os bolchevistas continuaram insuflando as massas. Mas manter uma rede de políticos no exílio custa muito caro. Para prover “meios para a revolução” surge um novo personagem, Joseph Stalin. Enquanto Lenin e Trrosky faziam discursos e apologia “ao novo mundo socialista”, Stalin fazia o trabalho sujo, assaltava bancos, praticava sabotagens, sequestrava e assassinava os inimigos da revolução. O desastre da 1ª Guerra Mundial colocou a Rússia em grave crise política, moral e existencial. O país tornou-se terreno fértil para a subversão. Em outubro de 1917, finalmente a Revolução bolchevique se torna vitoriosa. As estrelas da Nova Ordem continuaram discursando para as massas, palavras belas em público, mas em oculto precisam mudar hábitos servis do povo, transformar a população numa verdadeira sociedade comunista. Mais uma vez apelam para Stalin, que passa a chefiar a polícia política. Ele tem ordens para prender, torturar e assassinar supostos inimigos do regime. Por bons serviços prestados Stalin se torna membro da cúpula do governo. Enquanto isso, Trotsky, príncipe herdeiro da revolução, assume o comando do Exército. A Rússia entra em guerra civil. Trotsky organiza o Exército Vermelho e depois de anos de luta, derrota seus inimigos. Nessa altura dos acontecimentos já existe uma disputa de poder entre Stalin e Trotsky. Nos anos seguintes a tensão interna aumenta. Trotsky vê o rival como um ignorante, burro de carga, um mero jagunço. Entrementes, Stalin avança na esfera de poder através de conchavos e combinações secretas. Maquiavelicamente faz alianças e ganha mais influência. Trotsky é visto como elitista, Stalin um membro da massa. Com a morte de Lenin, Stalin novamente faz acordos secretos com Kamenev, Zinoviev e outros membros da cúpula do partido para isolar Trotsky. Em pouco tempo, Trotsky é acusado de traição e expulso da União Soviética. A guerra pela hegemonia continua. Stalin acusa Trotsky e seus seguidores de fascistas e aliados dos nazistas. Por sua vez, Trotsky acusa os stalinistas de implantar uma ditadura fascista na União Soviética. Seus seguidores se digladiam na Rússia, na França e na Alemanha. Em Barcelona, trotskistas e anarquistas são chacinados pelos comunistas durante a Guerra Civil Espanhola. A grande maioria dos comunistas do mundo reconhece Stalin como o verdadeiro herdeiro da revolução. A partir de então, só será considerado comunista aqueles que seguem as orientações e diretrizes de Moscou. Trotsky reagiu organizando a 4ª Internacional em Paris em 1938. Uma conferência para demonstrar força, organizar sua plataforma política mundial e acusar Stalin de implantar uma ditadura fascista e se aliar aos nazistas. Ele escreveu discursos, panfletos contra o stalinismo e o livro “A Moral deles e a Nossa”. Nesse livro ele diz que o stalinismo é imoral porque mata para alimentar o poder pessoal. Enquanto roubar, sequestrar, torturar e matar em benefício da Revolução são moralmente aceitáveis. A 4ª Internacional causou sérias consequências na Rússia. Stalin a muito, já vinha assassinando supostos inimigos. Mas as críticas acirradas de Trotsky despertaram uma fúria gigantesca e assim ele implantou os Julgamentos de Moscou. Com suporte dos nazistas que criaram falsos dossiês de “seus inimigos”, Stalin prendeu, torturou e julgou milhares de pessoas, entre eles, os principais revolucionários de 1917. A grande maioria foi executada por traição. Os que tiveram sorte foram enviados aos campos de trabalho forçado. A 4ª Internacional foi a sentença de morte de Trotsky. Desde então sua cabeça passou a ser o maior desejo do Czar Vermelho. Em 20 de agosto de 1940, o duelo chega ao fim, um agente stalinista mata Trotsky usando uma picareta. É o fim do ideólogo, mas não da ideologia. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Logan: um herói quebrado
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Arthur Nordin . Em março de 2017 foi lançado aos cinemas o terceiro longa-metragem retratando a história do personagem dos quadrinhos Wolverine, ou melhor dizendo, Logan. Seis meses após o lançamento do filme, não faria muito sentido fazer uma crítica do mesmo. Por isso, decidi criar um texto detalhando a filosofia de Logan. Um personagem quebrado Ao fazer o desenvolvimento de um personagem, é sempre necessário pensar nas perdas que ele sofrerá. Os erros que ele causa ou as dores que ele sofre são os fatores que farão ele amadurecer e conseguir derrotar o problema já apresentado a ele anteriormente na história. A maioria das histórias heroicas de atualmente possuem “o decair”, mas muitas o fazem de maneira fraca e desinteressante, apenas para fazer com que o personagem derrote logo o vilão. Eu poderia citar vários exemplos, desde a escalada do poço em “Batman: o cavaleiro das trevas ressurge” até a cena da lixeira, na sexta temporada de “The Walking Dead”. Qualidade costuma vir junto com paciência, e por muitos filmes, incríveis até horríveis, vimos este personagem de certa forma, amadurecer, principalmente pela liberdade total do diretor e da RESTRIÇÃO DE IDADE. Ela fez com que Logan conseguisse transmitir sua dor existencial apenas por seu linguajar, sua violência e a selvageria de Wolverine que nunca vimos antes no cinema. Um personagem sem vontade de viver em um mundo caído. Basicamente, o filme inteiro é a dificuldade que o herói precisa atravessar, como foi falado anteriormente. A única diferença é que nunca temos o sentimento de que o herói está seguro e que tudo irá dar certo no final, pois além de tudo, é muito claro que não estamos vendo um filme de super-herói. Estamos vendo um filme de despedida de um personagem há muito tempo quebrado. Família, além de tudo Tirando Logan, no filme temos dois personagens muito importantes para a história apresentada do longa: Charles Xavier e Laura. Ao longo da trama é possível perceber que a relação dos três é como a de uma família disfuncional de mutantes fugindo para sobreviver. E falando em mutantes, o papel de Charles Xavier dado à Patrick Stewart neste filme é sensacional, fazendo até o público ter pena do personagem. O mundo não é mais o mesmo, nem os personagens que tanto amamos e conhecemos. A figura de um homem calculista, sábio, e também líder acabou se transformando na de um senhor morrendo aos poucos, precisando de ajuda (ao invés de dar ajuda quando necessário, como nos outros filmes da saga), e infelizmente, em uma condição e situação patética de vida. O que acontece se o homem com a mente mais poderosa do mundo, com as habilidades de telecinese e telepatia, possui o mal de Alzheimer? Além de Charles, no filme também temos Laura, uma mutante criada por laboratório ou uma aberração, por assim dizer. Criada a partir do DNA de Logan, Laura foi tratada por toda a sua vida praticamente como uma besta, um animal, e foi ensinada a agir como o mesmo. Em termos de desenvolvimento de personagem, Laura é uma garota que por dentro GRITA por ajuda, mas tenta agir como uma adulta e resolver as coisas sozinha. Ao final do filme, ao olhar seu “pai” morrer lentamente, Laura se livrou daquela “casca”. Ela se soltou, e pela primeira vez no filme, vimos nitidamente que ela foi HUMANA. A única pessoa viva em que ela confiava, a não ser seus amigos, morreu na sua frente, e como qualquer criança de oito anos, ou como qualquer pessoa, ela chorou. O medo do diferente Desde o primeiro filme da franquia, vimos que o protesto contra mutantes era uma clara alusão a temas como sexualidade e etnias, na vida real. Logan apresenta uma realidade em que estas discussões se tornaram maiores ainda, e que estas pessoas (de novo, com etnias e sexualidade fora da forma padrão impostas pela sociedade) estão sendo caçadas e mortas. Previsão ou não, o filme mostra que as diferenças não tornam certas pessoas melhores que outras, e que todos devemos ser tratados da mesma forma. Nota Final Para terminar esta análise, gostaria de acrescentar que Logan é uma obra-prima do cinema moderno. Ele consegue transmitir diversos sentimentos no público que participa desta jornada, e, no futuro, comentarão sobre ele do mesmo modo que comentam sobre “Superman: o filme” nos dias de hoje: UM MARCO REVOLUCIONÁRIO NA HISTÓRIA DO CINEMA. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
The Walking Dead. Uma perspectiva filosófica
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Criação coletiva* The Walking Dead – os mortos errantes, ou mortos que andam – é uma série televisiva lançada em 2010, que tem até agora sete temporadas. Sua história surgiu em 2003, em uma HQ, criada por Robert Kirkman, Tony Moore e Charlie Adlard e serviu de inspiração para o principal produtor da série: Frank Darabont. A série fala sobre uma distopia estadunidense (porque as tragédias sempre acontecem nos Estados Unidos…) em que um vírus surge e PLAU! Todos viram zumbis. P.S. Nessa distopia, nunca se ouviu falar de zumbis, e nas sete temporadas, a palavra zumbi nunca foi citada. Sem filmes ou a menor noção do que é zumbi, as pessoas não tem nenhuma ideia do que fazer. Obrigada aos criadores de filmes de zumbi, vocês podem estar salvando vidas. Todos se desesperaram, e os zumbis dominaram a terra. Despreparados, os sobreviventes tentaram reagir, mas ninguém sabia o que fazer. O caos se instalou. A série, mesmo tendo temática zumbi, não os retrata como protagonistas. O que rouba a cena e tem o foco são as relações humanas. Após uma análise da primeira temporada da série, e tendo o cuidado de evitarmos spoilers desnecessários, podemos observar vários pontos onde há inferência filosófica. Vamos por partes, resumindo a trama da primeira temporada e ressaltando os pontos onde a filosofia pode ser vista, aplicada e refletida. Vamos começar do começo: O vice xerife Rick Grimes está em uma perseguição junto com os outros colegas polícias, incluído seu melhor amigo Shane, quando leva um tiro. O mundo ainda estava normal, e Rick foi levado diretamente à um hospital. Em estado grave, o xerife entra em coma, mas todos acreditam que ele irá melhorar, e realmente melhora, contudo, talvez fosse melhor nem ter despertado. Após acordar do coma, Rick se vê sozinho em um hospital destruído e cheio de cadáveres. Assustado, desesperado e sem nenhuma ideia do que estava acontecendo, o policial protagonista tem como único objetivo encontrar sua família. Sem saber o que tinha acontecido com tudo, e ainda debilitado, acaba por encontrar Morgan e seu filho, que ainda permaneciam em casa, e não em um grupo de sobreviventes, porque Morgan se via incapaz de deixar sua esposa – que era uma errante – e não encontrava coragem de dar-lhe o tiro de misericórdia. Assim, e movido pelo amor, Morgan acaba colocando a si mesmo e ao filho em risco. Sem spoilers, mas isso acaba prejudicando-o muito no futuro. A emoção, prejudicial para um bom julgamento, deixa Morgan incapaz de tomar as decisões certas para proteger a si mesmo e ao filho, confirmando os pensamentos do filósofo alemão Immanuel Kant, que via a emoção como algo que apenas atrapalhava a moral, a ética, obstruía a visão do que era realmente certo e atrapalhava a tomada de decisões. Aparentemente, nesse momento, ele estava certo… Enfim, Rick deixa-os para trás, indo para Atlanta onde, segundo boatos, há um grande grupo de sobreviventes. Movido pela vontade de encontrar sua família, torcendo para que eles estivessem bem, Rick pegou um carro – até ele ficar sem gasolina e trocar por um cavalo – e foi-se para Atlanta. Chegando lá, viu-se cercado por zumbis, que ficaram bastante empolgados quando sentiram o cheiro de carne fresca. Como o ser humano egoísta e egocêntrico, deixou o cavalo para morrer e escondeu-se em um tanque de guerra. Acabou sendo encontrado por alguns sobreviventes que roubavam estoques de lojas em busca de suprimentos. Em meio ao caos, a “ética” de nada valia. A mutabilidade diante do caos é mais forte. Heráclito afirma que nada é definitivo e que os valores podem mudar em meio ao caos. Eles precisavam furtar para sobreviver. Nesse caso, seria considerado Furto Famélico, certo? O furto famélico é o furto realizado para saciar uma necessidade urgente e relevante. É o furto para comer pois, se não furtasse, morreria de fome. É o furto de um remédio essencial para sua saúde, um cobertor em uma noite de frio, ou roupas mínimas para se vestir. Tendo o direito à vida e a manutenção dela, numa situação crítica e emergencial o furto para sobreviver pode sim ser opção. Nada mais justo sendo que não há ninguém para cobrar ou manter os itens. A necessidade gera novas visões. O instinto de sobrevivência fala mais alto. De toda forma Rick acaba “entrando” no grupo e já de cara mostra sua autoridade e o espírito de liderança esperado de um mocinho. Depois de certos conflitos entre T-Dog e Merle, por questões raciais (é absurdo como, mesmo em tempos apocalípticos ainda haja a presença marcante de todo tipo de preconceito, mas falemos disso mais tarde…), Rick impõem-se e algema Merle num cano no telhado. Quando o prédio é invadido por zumbis, T-Dog tem que ser rápido, e acaba perdendo a chave da algema… ajudar e correr riscos ou fugir e garantir sua sobrevivência? T-Dog faz a segunda escolha. O sentir o conduz, como diria Rousseau, e embora a razão o alerte de que o certo a se fazer era ajudar Merle, o instinto de sobrevivência tende a falar mais alto. Após conseguirem fugir dos “mordedores” –um dos muitos nomes que os zumbis receberam na série -, eles retornam ao acampamento de sobreviventes, dessa vez acompanhados por Rick, que se emociona ao ver a esposa, o filho e o melhor amigo bem. Sem saber dos chifres que carrega, o xerife não poderia estar mais feliz. Shane, melhor amigo de Rick, se apaixonou por Lori, esposa deste, que acreditando na morte do marido, retribui aos sentimentos do policial. Contudo, com a volta de Rick, após tudo o que aconteceu em Atlanta e o inegável espírito de liderança dele, Shane se vê dividido entre o que
Charles Bukowski: uma visão peculiar do ser humano
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Stephani Viñas O que o nome Bukowski diz a você? Charles Bukowski? Nada? Nunca ouviu falar? Pois bem, digo que estas perdendo tempo! Charles Bukowski, (em minha opinião) é um ótimo escritor. Ele não tem medo de escrever, deixa a alma livre. Críticos? Bom, acho que ele pensa: “dane-se as criticas, eu sou o escritor, se não fosse por mim, você não teria algo útil para ler”. Desculpe, estou sendo rude? Penso que não. E se você é do tipo de pessoa extremamente sensível que não aceita palavras sinceras em tom áspero, não o leia. Mas continuo a avisar, se não ler, estarás perdendo tempo! Alguns admiradores poderiam descrevê-lo como uma espécie de deus, outros diriam que é um gênio, e a maior parte, que é um louco completo. Mas, diga-me que espécie de gênio não é um pouco louco? Confesso que ele é um pouco excêntrico e aparenta uma incrível falta de fé em qualquer tipo de deus que não seja uma boa bebida alcoólica. Apesar de seu grande problema com bebidas, e por mostrar seu desprezo pela maioria da espécie humana, não temos como ignorá-lo, ele mostra a verdade nua e crua que não queremos enxergar, como a maioria das pessoas agem e como pensam, quais são os valores pelos quais prezam e guiam sua conduta, e apesar de ser um escritor do século passado, é como se ele descrevesse pessoas de hoje. Falando em atualidade, Bukowski tinha uma visão própria do amor, ele descrevia o amor como algo extremamente complexo, que ele próprio não seria capaz de enfrentar, mas calma, ele não era de todo amargo. Mostrava em alguns trechos de suas obras pequenos fragmentos de emoção que poderiam até ser amor… “Porque o amor cara, amor é para aqueles que aguentam sobrecarga psíquica” “Eu estava apaixonado por ela. Muitas vezes pensei em lhe escrever para dizer como ela era maravilhosa, mas, não sei por que, nunca escrevi” O escritor em determinados momentos também parecia desiludido, como se tivesse sido deixado. Tinha um tom amargurado na maioria de suas criações, transformava seus encontros com belas damas em apenas mais uma noite como item de coleção, e ainda dizia “um dia vou escrever sobre você”. Algumas pessoas mais retraídas, diriam que não passa de promiscuidade, que o autor usava as mulheres como um simples objeto. Feministas de plantão ficariam horrorizadas, mas até mesmo eu, que sou do sexo feminino, acabei achando interessante o ponto de vista do autor. Ele relatou em um de seus contos, que levava o nome de “mulheres” que para ele, o ato sexual nunca seria tão intimo quanto um beijo, que achava errado o julgamento das pessoas em relação a isso, que beijavam qualquer um sem ao menos conhecer, aparentemente ele via o beijo como uma demonstração de amor, que não deveria ser usada em vão, mas que o sexo seria uma simples troca de prazeres. Opto aqui por não transcrever os trechos mais explícitos. O leitor interessado deverá garimpá-lo em seus contos. Não tem como não perceber este aspecto. Sobre seus escritos mais “desiludidos”, não posso deixar de citar os que seguem: “E o amor é uma palavra Usada muitas vezes, E muitas vezes cedo demais” “Eram dez horas da noite. A lua estava cheia E minha vida não tinha sentido” “Encontre o que você ama E deixe isso mata-lo” Ele também tinha uma visão diferente sobre os escritores, não gostava dos demais, nunca lia nada que não fosse dele, e não suportava ficar rodeado por estes. Achava que quanto mais sucesso fizessem, pior eles eram, pois, quando o autor passa a julgar o próprio trabalho acabava se tornando cego aos próprios erros. “Escritores de muito sucesso são como presidentes: Ganham votos porque a multidão enlouquecida Reconhece algo deles em si” -Escrever para não enlouquecer. Sua forma distinta de ver o mundo e as pessoas a sua volta é um tanto polemica e algumas pessoas podem não gostar, mas se você abrir a sua mente, e tentar entrar no ritmo, no modo de pensar do autor, certamente descobrirá não um mundo novo, mas uma nova forma de envergá-lo. Uma de minhas frases preferidas, que encerram a essência do escritor bem como o sentimento dele pelas pessoas a sua volta. “Alguns nunca enlouquecem. Que vida de merda eles devem levar.” E assim eu encerro, com o jeito “doce” de um dos melhores escritores de todos os tempos. Acho que com ele, eu descobri o real sentimento que um escritor deve ter, e como sua mente deve funcionar, não estou dizendo que os jovens escritores devam ser rudes e amargos, mas sim para libertarem suas almas na hora de escrever, que sejam honestos com os leitores e consigo mesmos. A verdadeira escrita vem da alma, quem escreve com ela, e com liberdade, quem usa a verdade e se liberta, este sim, consegue ser um real escritor, e assim foi Bukowski. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Catarina de Médicis e a noite de São Bartolomeu
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Renato Drummond Tapioca Neto Em 1789, quando eclodiu na França uma revolução que mudaria o curso da história, o governo monárquico passou a ser alvo dos mais sórdidos ataques, especialmente os seus representantes. Nem mesmo os reis de outrora foram poupados e, como punição, seus túmulos na basílica de Saint-Denis foram saqueados, em 1793. Os ossos foram jogados numa vala comum ou vendidos como peças de souvenir[1]. Naquele momento de euforia, o ódio popular estava concentrado especialmente no cadáver de rainha que cerca de 220 anos antes fora considerada responsável por uma das páginas mais sangrentas da história do país: a noite de São Bartolomeu, quando milhares de protestante huguenotes foram massacrados por forças do governo. Reconhecida por muitos como uma fanática religiosa e envenenadora, a viúva do rei Henrique II foi alçada pelos revolucionários ao rol das mulheres mais vis que já existiram, como Agripina e Messalina, tornando-a assim num símbolo da suposta fraqueza e perversidade da condição feminina. Sem dúvidas, Catarina de Médicis foi uma das personalidades mais estereotipadas do passado. Contudo, a historiografia moderna tem sido um pouco mais benevolente para com sua pessoa, analisando suas atitudes e esforços para manter a coroa dos filhos, dentro do contexto social e político no qual estava inserida. De acordo com uma versão mítica, num certo dia de 1560, Catarina de Médicis foi chamada pelo seu astrólogo Nostradamus. Conduzida por ele à frente de um espelho mágico, ela teria contemplado no objeto a imagem de uma grande sala. De repente, três rostos foram se delineando. Eram os seus três filhos mais velhos, que apareceram em sequência: primeiro Francisco, cuja face deu apenas uma volta diante de Catarina; em seguida, Carlos, que deu catorze voltas; por fim, Henrique, que deu quinze. A rainha-mãe ainda contemplou no espelho o rosto de mais uma pessoa, mas esta não era o duque de Alençon, seu quarto filho homem, e sim Henrique de Navarra, que deu 22 voltas na sua frente. O que aquelas visões poderiam significar? Catarina de Médicis ficou pensando nisso por muito tempo, até que no dia 5 de dezembro daquele ano, seu primogênito, rei desde a morte do pai, faleceu. Aterrorizada com o acontecido, a soberana chegou a uma terrível conclusão: cada volta que uma das faces dava no espelho correspondia a um ano de reinado. Esse diagnóstico era ainda mais preocupante, uma vez que denunciava o fim da dinastia Valois na França. Determinada a impedir esse destino, Catarina precisou agir rápido: legou à nora, Mary Stuart, a tarefa de velar por Francisco, enquanto ela preparava o futuro na pessoa do seu secundogênito, Carlos IX, então com 10 anos de idade. De acordo com a lei sálica do século XIV, as mulheres estavam excluídas da sucessão do trono da França, mas não de uma possível regência, no caso da minoridade do monarca reinante. Catarina de Médicis acreditava então que esse precedente seria suficiente para lhe garantir o governo regencial, mas suas pretensões esbarraram no preconceito que os príncipes de sangue real tinham para com uma descendente de banqueiros italianos. Não obstante, os país encontrava-se na iminência de uma guerra civil entre católicos e protestantes, além de ameaçado pela política expansionista da casa de Habsburgo. Catarina teve então que ter muita astúcia para alcançar seus objetivos. Driblando seus adversários políticos, ela conquistou o apoio de Antoine de Bourbon e do seu irmão, o príncipe de Condé, em troca do perdão real por se sublevar contra a autoridade de Francisco II. Por meio de promessas, barganhas, chantagens e mesmo ameaças, a rainha conseguiu também suporte do conselho privado ao governo regencial. Por fim, dirigiu-se aos Estados Gerais (únicos, a priori, com poder de vetar sua nomeação) para pleitear sua causa. Estes, por sua vez, concederam-na o título de regente, embora ela não gozasse da plenitude dos direitos governamentais de um monarca “ungido pelo Senhor” e com direitos dinásticos à coroa. Todavia, o governo regencial de Catarina de Médicis, em tese, só duraria até a proclamação da maioridade do seu filho, aos 14 anos. A partir daí o jovem poderia decidir se gostaria de continuar sob tutela da mãe ou não. Catarina, porém, foi mais esperta e tratou de fazer com que Carlos IX fosse declarado maior aos 13 anos (idade canônica), devolvendo-lhe diante do parlamento a autoridade sobre o reino. Devido à sua inexperiência e falta de aptidão para governar (afinal, ainda era praticamente uma criança), Carlos nomeou a mãe Superintendente de Estado, de modo que ela continuaria a reinar de forma quase autocrática. A rainha tentou desenvolver uma política conciliatória que restituísse a paz dentro da França e com as potências vizinhas. Para tanto, Catarina organizou casamentos vantajosos para os seus filhos: em 1570, o rei contraiu matrimônio com Elisabete da Áustria, filha do imperador Maximiliano II; as princesas Elisabete, Cláudia e Margarida se casaram com Felipe II de Espanha, o duque Carlos III de Lorena e Henrique de Bourbon, rei de Navarra, respectivamente. Só os príncipes Henrique o duque de Alençon não se curvaram às vontades da mãe. Entretanto, longe de trazer a tão almejada harmonia, a política matrimonial desenvolvida por Catarina trouxe ainda mais discórdia para o reino. A rainha-mãe procurou manter o rígido cerimonial da corte como forma de preservar o prestígio da instituição monárquica e da casa de Valois. Ela soube se cercar de uma simbologia que ressaltasse o importante papel político que desempenhava no reino, construindo palácios novos, como o das Tulheiras, e empreendendo viagens pelo reino com Carlos IX. Filha do renascimento italiano, ela incentivou as artes e contratou um verdadeiro time de artistas e arquitetos para embelezar as residências reais, palcos de grandes bailes para a nobreza do período. Numa carta posteriormente enviada
Entenda melhor o muro de Berlin
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato O Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer) foi uma barreira física construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental – socialista) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental (capitalista), separando-a da Alemanha Oriental (socialista), incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas sob jugo do regime soviético 1- Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, Berlim foi dividida entre os seguintes países: União Soviética, Reino Unido, França e Estados Unidos. O detalhe é que a cidade ficava do lado invadido pelos soviéticos. 2- Berlim Oriental era capitalista e a Oriental, totalmente comunista. A passagem de alemães orientais era bastante comum antes da construção do muro, geralmente atrás de empregos. Mais de um milhão de orientais emigraram para o lado ocidental. 3- A fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental começou a ser fechada em agosto de 1961. Do dia para a noite, surgiram diversas barricadas no local onde seria erguido o muro. 4- O muro tinha 156,4 quilômetros de extensão, dos quais 43,7 quilômetros cortavam a cidade. 5- Não existia apenas um, mas dois muros. Entre um e outro havia diversos sistemas anti-fugas e de vigilância. O primeiro possuía arame farpado no alto e o segundo, uma canaleta para impedir fugas. 6- O muro era vigiado por 186 torres de vigilância e 486 cães de guarda, além de um carro-patrulha que percorria todo o seu trajeto. 7- Como as patrulhas não eram consideradas suficientes, providenciou-se cerca eletrificada, alarme de som, armadilhas contra carros e até armadilhas anti-tanques no local. Uma faixa de areia foi construída para revelar possíveis pegadas de quem tentasse atravessar para o lado ocidental. 8- O Portão de Brandemburgo, onde os alemães comemoram a conquista da Copa do Mundo de 2 014, ficava do lado oriental. Não passava de um símbolo arquitetônico da dividida Berlim. 9- Pelo menos 137 pessoas morreram tentando atravessar o muro. O número dos que conseguiram fugir para o lado ocidental chegou a 5 075. 10- A fuga mais espetacular ocorreu em 1979, quando um grupo de alemães orientais conseguiu passar sobre o muro num balão caseiro. 11- Dizem que o fim do muro ocorreu meio por acaso, quando um jornalista interpretou mal um comunicado do governo da Alemanha Oriental e noticiou uma abertura das fronteiras (lembrando que países como a Hungria também haviam liberado as suas fronteiras com o Ocidente). Horas depois, milhares de alemães de ambos os lados começaram a forçar a queda da barreira e mudando não só a história da Alemanha, mas de toda a Europa. 12- O muro possuía mais de 200 000 toneladas de concreto e aço. Mais de 40 000 blocos de 1,20 metro foram triturados e transformados em material para reparar a estrada que une Berlim ao mar Báltico. 13- Um funcionário de uma empresa de construção de Berlim comprou um pedaço de 150 metros do muro para triturá-lo e oferecê-lo como souvenir. Os pedacinhos são ainda hoje vendidos com certificado de garantia. 14- Oito meses após a queda, o músico britânico Roger Waters (diga-se, Pink Floyd) realizou à convite das autoridades da nova Berlim um show chamado The Wall junto ao Portão de Brandemburgo. O evento reuniu um público de 40 000 pessoas e foi transmitido ao vivo para dezenas de países. 15- Ainda existem algumas diferenças entre os cidadãos dos dois lados da antiga fronteira. Tanto que um em cada quatro alemães preferia que o muro fosse reconstruído. Início da construção: 13 de agosto de 1961Inauguração: 1961Destruição: 9 de novembro de 1989Altura: 3,60 mMotivo da destruição: Demolição . Fonte: Coisas interessantes Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Stanislav Petrov, o homem que salvou o mundo
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Poucas vezes a humanidade esteve tão próxima de ser varrida da terra como a manhã de 26 de setembro de 1983. Nesse dia, um satélite do sistema de defesa soviético informou que mísseis estadunidenses haviam sido lançados contra a URSS. Stanislav Petrov, o militar responsável pelo bunker Serpujov-15, de onde monitoravam o satélite teve a coragem de desafiar a férrea formação imposta pelo exército russo, decidindo ignorar a advertência. De outra maneira, o mundo que conhecemos não existiria, ali poderia ter sido desencadeado um evento que teria exterminado a vida sobre o planeta. Esta é a sua história: Durante a denominada “Guerra Fria”, um período de tensa paz que o planeta viveu depois de finalizada a Segunda Guerra Mundial e até a queda da “cortina de ferro”, a humanidade esteve bem próxima de uma guerra nuclear. A ideia de tentar evitar uma guerra com o simples fato de demonstrar ao inimigo de que se tem mais bombas nucleares do que ele foi uma verdadeira estupidez, sobretudo quando o seu oponente estava fazendo exatamente o mesmo. No entanto, e apesar de que construíram bombas e mísseis suficientes para converter em escombros -várias vezes- cada cidade do adversário, o delicado equilíbrio conseguiu ser mantido durante aproximadamente meio século. É muito possível que tenham existido várias ocasiões nas quais tudo esteve a ponto de ir para o inferno. Seguramente mais de uma vez o sistema falhou, ou alguém se tornou suficientemente paranoico para se decidir a pressionar o botão vermelho, mas por alguma circunstância e para a nossa sorte isso não aconteceu. Em 26 de setembro de 1983, às 00:14 hora de Moscou, aconteceu um desses eventos. Na manhã desse dia, e substituindo à pessoa que normalmente realizava essa tarefa, um oficial de patente média chamado Stanislav Petrov se encontrava à frente do bunker Serpujov-15, um dos centros de comando que a inteligência militar soviética utilizava para coordenar a defesa aérea de seu território. Não tinha decorrido ainda o primeiro quarto de hora desse dia, quando um satélite soviético pertencente à rede OKO deu o alarme: um Míssil Balístico Intercontinental estadunidense tinha decolado desde a base de Malmstrom situada em Montana (EUA) e em menos de 20 minutos atingiria o território da URSS. Para compreender cabalmente o que significava esse alerta, há que recordar que só três semanas antes o exército da União Soviética tinha derrubado um avião de passageiros (o voo 007 da Korean Air) coreanos que -por erro- tinha invadido o espaço aéreo soviético, matando às 269 pessoas a bordo. Entre as vítimas estavam vários cidadãos estadunidenses, incluído o congressista Larry McDonald, representante democrata pela Geórgia. Depois do incidente com o avião coreano, a OTAN começou o exercício militar chamado “Able Archer 83”, que havia sido interpretado pelo KGB como a preparação para um ataque nuclear. Nesse clima frio e tenso foi que Stanislav Petrov descobriu o que seu sistema de defesa interpretou como um ataque dos EUA. No entanto, este oficial teve sangue frio o suficiente para -evitando seguir as regras ensinadas a exaustão durante seu treinamento- não enviar a mensagem de alerta a seus superiores, que muito possivelmente teriam iniciado um contra-ataque nuclear. Petrov pensou que se seu inimigo queria iniciar uma guerra nuclear, dificilmente o faria atacando somente com um míssil, e que portanto só se tratava de um erro. Mas poucos minutos mais tarde, os computadores informaram que mais quatro mísseis se dirigiam para esse país. O oficial, que conhecia a fundo as peculiaridades do sistema de satélites de alerta russo OKO e a facilidade com a qual podia se equivocar, novamente considerou que era pouco lógico iniciar um ataque com só cinco mísseis quando se tinha a mão um arsenal composto por milhares deles. O mais efetivo era -como tinham demonstrado centenas de jogos de guerra realizados por computador- enviar uma grande quantidade de mísseis contra os silos russos, de forma que o contra-ataque fosse o menor possível. Felizmente para o mundo, Petrov decidiu esperar. Finalmente descobriu-se que era um falso alarme, causado por uma pouco frequente conjunção astronômica entre a Terra, o Sol e a posição específica do satélite OKO. O que mais tarde ficou conhecido como o “Incidente do Equinócio de Outono” que pôs à humanidade à beira da catástrofe, mas a atitude de Petrov evitou o desastre. Quando mais tarde lhe perguntaram por que não deu a alerta, contestou com aquilo que havia pensado, que “a gente não começa uma guerra nuclear com apenas cinco mísseis”. Obviamente, seu comportamento não foi aquilo que seus superiores esperavam, e apesar de que quase seguramente tenha evitado uma guerra nuclear, e que seu superior assegurasse que seria homenageado por isso, a verdade é que deixaram de confiar nele e foi aberta uma investigação secreta sobre o caso. Petrov foi acusado de cometer uma falta burocrática menor -preencher formulários de maneira imprópria- e foi rebaixado e passou a receber tarefas com menor responsabilidade, até que se aposentou voluntariamente poucos meses após o caso. A investigação dos fatos revelou que os lampejos detectados por OKO não eram nada mais que reflexos do sol nas nuvens, que foram erroneamente interpretados pelo software do sistema de alerta como os motores de mísseis que iniciavam seu voo. O software foi reescrito, e em 1984 os soviéticos colocaram um novo satélite sobre o território estadunidense que fornecia dados extras aos do sistema OKO. Não se conhecem, ou ao menos não foram difundidos, outros fatos como estes, mas é bastante provável que tenham sim acontecido. No “Incidente do Equinócio de Outono”, se não fosse pela casual presença de Stanislav Petrov no bunker Serpujov-15, teria originado uma guerra nuclear, motivo pelo qual ele ficou conhecido como “O homem que salvou o mundo”. .
007 entre a Guerra e a Paz
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato O contexto da Guerra Fria nos filmes do agente secreto – Leandro Vilar . Em 2012 a série 007 completou 50 anos de história nos cinemas com o lançamento do primeiro filme, 007: Contra o Satânico Dr. No (Dr. No) em 1962. Agora, em 2013 a franquia volta a celebrar 60 anos do lançamento do primeiro livro da série, Cassino Royale (Casino Royale) em 1953. Nestas cinco décadas de cinema e seis décadas de literatura, o famoso agente britânico com licença para matar, James Bond, codinome 007, se tornou um ícone do cinema e da cultura pop. O último filme da série, 007: Operação Skyfall (Skyfall) faturou mais de um 1 bilhão de dólares em bilheteria mundial. Se tornando o filme mais rentável de toda a série e mostrando que mesmo passado-se 50 anos, a franquia soube se renovar com o tempo e ainda continuar a agradar o público. No entanto, a meta deste texto é falar da influência da Guerra Fria (1945-1991) sobre a trama dos filmes, já que dos 23 filmes oficiais, 16 foram filmados e lançados neste período. Assim, pretendo abarcar a trama destes 16 filmes ao longo de três décadas: anos 60, anos 70 e anos 80. Eventualmente também farei menções aos filmes da década de 90 e do século XXI. AVISO: O texto a seguir possui vários spoilers importantes sobre a história dos livros e filmes. O autor Poucas pessoas sabem que James Bond é um personagem literário, pois os filmes são bem mais conhecidos do que os próprios livros, embora dezenas de livros foram escritos nas últimas cinco décadas, e mesmo vendendo milhões de cópias pelo mundo, a obra é mais conhecida na Europa e nos Estados Unidos. O autor original (outros escritores escreveram sobre o personagem) de James Bond fora o britânico Ian Lancaster Fleming (1908-1964). Membro de uma família rica, estudou em algumas das melhores escolas da Inglaterra e até chegou a estudar brevemente nas Universidades de Munique e Genebra. Exerceu vários ofícios, mas é principalmente lembrado por ter sido jornalista, escritor e oficial da Inteligência Naval do Reino Unido, fato que o influenciou a escrever os livros de espionagem posteriormente. Em 1931 entrou para o Jornal Reuters, onde dois anos depois foi enviado para Moscou, a fim de cobrir o julgamento de seis engenheiros da Companhia Metropolitan-Vickers. Na ocasião o jornal pediu que Fleming tentasse entrevistar Stálin, mas a entrevista não ocorreu. Retornando para a Inglaterra, abandonou o jornal e incentivado pela família, foi trabalhar no ramo das finanças, trabalhando de 1933 a 1939, onde mudara duas vezes de empresa, e ao mesmo tempo mostrou não ter vocação para a área financeira. Além disso, neste período Fleming tivera alguns casos amorosos, pois ficou conhecido por ser um galanteador, algo que ficou marcado em seu personagem. Quando a guerra eclodiu em 1939, ele foi convidado pelo Contra-Almirante John Henry Godfrey, então Diretor da Inteligência Naval da Marinha Real Britânica, o chamou para ser seu assistente pessoal. Fleming foi designado tenente, e posteriormente foi condecorado comandante. Durante os anos da guerra atuou e coordenou algumas missões do departamento de inteligência britânico. Participou da Operação Mincemeat na qual o plano era fornecer documentos com informações falsas aos alemãs, os enganando acerca da invasão da Itália pelas forças dos Aliados. Participou também da Operação Golden Eye na Espanha, que tinha como meta organizar bases de apoio no país, principalmente em Gibraltar. Atuou ao lado dos americanos entre 1941-1942, chegando a viajar para os Estados Unidos e trabalhar na OSS (Office of Strategic Services) precursora da CIA. Como coordenador, coordenou e chefiou duas missões de inteligência, a 30 Assault Unit em 1942 e a T-Force em 1944. Participou e cooperou em outras operações e missões. Após a guerra, Fleming passou trabalhar para o Grupo Kemsley, o qual tinha relações com o jornal The Sunders Time, o qual ele supervisionou o jornal e atuou também escrevendo matérias e colunas. Fleming trabalhou no grupo e no jornal de 1945 até mais ou menos 1960. Mas foi durante as longas férias invernais de Ian, o qual ele passava em seu casarão na Jamaica batizado por ele de Golden Eye que em 1952, um tanto entediado e preocupado com o casamento como ele dissera, decidiu escrever um livro. Fleming se casou ainda naquele ano com Anne O’Neill, a qual havia sido sua amante de longa data, que por sua vez foi casada duas vezes, e embora fosse casada manteve-se amante de Fleming. Depois que ficou viúva do segundo marido, Fleming decidiu se casar com ela. Eles tiveram apenas um filho, Casper Fleming. Neste ano ele escreveu um livro de espionagem chamado Casino Royale. No ano seguinte, seu irmão e alguns amigos conseguiram incentivar a publicação da obra, embora os editores que foram procurados não acharam a história boa. Em 1953, o livro de bolso foi publicado pela Jonathan Cape, se tornando um sucesso. Neste livro, Fleming narrava a história de um agente secreto britânico do MI6 (Military Intelligence, section 6), chamado James Bond. Um agente especial de classe 00, codinome 007. Bond foi descrito como um homem entre seus 33 e 40 anos, alto, branco, moreno, de olhos azuis, atlético, jogador, mulherengo, machista, sério, focado no trabalho, frio, sedutor, esperto, corajoso, que gostava de beber, fumar muito e com licença para matar, a Serviço Secreto de Sua Majestade. Alguns aspectos da personalidade de Bond foram inspirados no próprio Fleming, como o gosto por bebidas, fumar, jogar, mulheres e viajar. Embora Fleming não tenha sido um espião propriamente, ele se personificou em seu personagem, além de ter baseado alguns aspectos do caráter do espião em pessoas que conheceu. O nome James Bond adveio do autor de um livro que ele
A dama vitoriana que pulou as Cataratas do Niágara num barril
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Damaris de Angelo . Você certamente se recorda dos antigos desenhos do Pica Pau e deve lembrar o episódio icônico em que o personagem é tomado por uma vontade obsessiva de descer as cataratas Niagara Fools em um barril, sendo impedido constantemente por um guarda (72º episódio da série). O episódio foi baseado em fatos reais. Esta é a história da primeira doida a sobreviver 51 metros de queda nas Cataratas do Niágara. Annie Edson Taylor é o nome da vitoriana disposta a qualquer coisa por um tico de adrenalina e uns trocados no bolso. Aos 63 anos de idade, viúva, de história sofrida, Annie era incapaz de sentir pena de si. Na época do acontecimento, Annie estava em busca por um significado para a sua vida. Vinda de uma família composta de oito crianças, Taylor perdeu o pai muito cedo. Estudou para ser professora e perdeu seu único filho quando ele ainda era criança. E como se não bastasse, ficou viúva pouco tempo depois. Annie passou muito tempo mudando de emprego e cidade, buscando algo que pudesse oferecer segurança financeira. Como alternativa para evitar passar o resto de seus dias em uma casa sem recursos, ela sabia que deveria fazer algo dramático. Ciente de que naquela época a chance de sucesso na indústria era nula para uma viúva velha, a mulher decidiu chocar multidões, jogando-se no precipício aquático dentro de um barril. Primeiro, Annie levou sua ideia até um agente, um cara chamado Frank Russel. Juntos eles chegaram até as Cataratas do Niágara para convencer os oficiais que ela se jogasse de lá. Outros malucos que inspiraram Annie a encarar o desafio, haviam morrido na tentativa de atravessar o rio dentro do barril, mas para convencer os oficiais que era capaz de executar a missão, Russel e Annie propuseram um teste. O “voluntário” para o tal teste foi um gato. Ele foi colocado no barril e jogado Niágara abaixo. O gato sobreviveu à queda com apenas um machucado na cabeça, e isso foi o suficiente para receber a autorização dos oficiais. Dois dias depois, era Annie quem estava dentro do barril. Como descrito na edição de outubro de 1901 do The New York Times, milhares de pessoas se reuniram na parte inferior das Cataratas para presenciar o espetáculo, apesar do ceticismo. Seu empresário também havia sido avisado que poderia enfrentar um processo se algo desse errado. Cerca de 20 minutos após a queda, o barril com Annie foi avistado na superfície da água. Assim como o gato, Annie havia sobrevivido com apenas uma pancada na cabeça, que a deixou inconsciente. Pouco tempo depois Annie acordou e andou até a beirada do rio. Ao contar a experiência para os repórteres, Annie disse: “Eu rezei cada segundo que estive lá dentro, exceto por alguns segundos que estive inconsciente. Ninguém deve fazer isso novamente. Se esse fosse meu último suspiro, pediria pra ninguém fazer o que eu fiz. Eu prefiro caminhar até a boca de um canhão, sabendo que meu corpo cairia aos pedaços, do que fazer isso novamente.” Após o espetáculo, seu empresário desapareceu com o barril. Russel deu o golpe para que pudesse ganhar as recompensas fingindo que uma mulher com a metade da idade de Annie havia saltado as Cataratas. A viúva gastou o resto de suas economias contratando detetives para conseguir seu barril de volta, mas sem sucesso. Mesmo depois de pedir que nunca fizessem o que ela fez, em 1906, Annie deu o segundo salto como tentativa de escrever um livro sobre suas experiências e reconstruir o desafio diante das câmeras. A gravação nunca foi vista e é considerada perdida. Consequentemente, Annie foi capa dos noticiários no dia seguinte. Em sua segunda tentativa desesperada para evitar a pobreza, a viúva não conseguiu evitar seu trágico futuro. Annie passou os últimos dias de sua vida posando para cartões postais turísticos em réplicas do seu barril. Até hoje, 16 pessoas tentaram o mesmo que ela. Destas 16, 5 morreram e 11 sobreviveram. Fonte: Ideia Fixa Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Por que usamos o termo “pila” como sinônimo para o dinheiro?
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato A origem do sinônimo “PILA” para dinheiro. O termo pila vem do nome do político gaucho Raul Pilla, secretário da agricultura do RS em 1936. A versão mais provável se dá pelo fato de que o termo venha do bônus de contribuição para o Partido Libertador, na década de trinta, com cédulas assinadas por Raul Pilla. Ocorre que estas cédulas terminavam por circular como uma espécie de dinheiro informal na praça e convencionou-se chama-la de “pila”. Uma outra versão mais folclórica é a de que, em determinada eleição este candidato distribuía metade da nota de dinheiro para os eleitores que estavam prestes a votar, na promessa de entregar a outra metade se fosse eleito. Os cabos eleitorais entregavam a metade da nota dizendo o nome do canditato “Pilla”… e este termo para dinheiro chamado de “Pila” foi rapidamente assimilado pelos populares, espalhando-se como sinônimo de “dinheiro”, inclusive em (SC) e depois pelo resto do Brasil, já que muitos gaúchos com o passar do tempo migraram para outros estados do país.* Trajetória: Pilla ingressou na política em 1909, com apenas dezessete anos, como secretário do diretório central do Partido Federalista do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Posteriormente, afirmaria que se aproximou do partido influenciado pelas idéias de Apeles Porto Alegre, seu professor de história no Ginásio Júlio de Castilhos, adepto do parlamentarismo, uma das principais bandeiras dos federalistas. Formou-se médico pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre, em 1915. Na mesma faculdade foi professor interino de patologia em 1917 e ainda livre-docente de disiologia em 1926, deixando o cargo em 1932. Em 1922, como membro da Aliança Libertadora, fez parte da campanha de Joaquim Francisco de Assis Brasil para governador do estado, contra Antônio Augusto Borges de Medeiros, do Partido Republicano Riograndense, que tentava sua quinta eleição e a terceira consecutiva. Com a vitória de Borges de Medeiros, Pilla foi um dos líderes da Revolução de 1923, conflito civil entre os chimangos (partidários de Borges de Medeiros) e maragatos (partidários de Assis Brasil). Em 1928 é um dos fundadores do Partido Libertador, juntamente com Assis Brasil, do qual seria vice-presidente. Em 1929 é um dos criadores da Frente Única Gaúcha, aliança entre os antes adversários PL e PRR, com o objetivo de garantir a eleição de um gaúcho para a presidência da República. O candidato seria Getúlio Vargas, do PRR, então presidente do Rio Grande do Sul. Com a derrota de Vargas eclodiu a Revolução de 1930, da qual Pilla participou ativamente. * Irmão Elvo Clemente, pró-reitor da PUC-RS, poeta, escritor, membro da Academia Rio Grandense de Letras – Brasil. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Homo Naledi: reescrevendo a história do homem
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Nei Nordin Uma descoberta realizada recentemente abalou tudo o que se sabia até agora sobre a história da humanidade.Trata-se nada menos do que uma nova espécie de hominídeo: o Homo Naledi. O incrível achado deu-se numa caverna da África do Sul em Maropeng, próximo à Joannesburgo, onde foram encontradas ossadas de quinze indivíduos totalizando em torno de 1550 ossos incluindo bebês, jovens, adultos e idosos. Fora o caráter extraordinário da descoberta, os arqueólogos ainda festejaram o fato de ser o maior conjunto de fósseis humanos encontrado na África. O sítio já é reconhecido como “berço da humanidade” e é tombado como patrimônio mundial pela Unesco. A data exata em que estas criaturas viveram ainda não pode ser definida. O arqueólogo responsável pela escavação, Lee Berger, estima que tenham andado sobre a terra à cerca de três milhões de anos. Ele afirma que o homo naledi é sem dúvida uma ponte entre os primeiros primatas bípedes e o homem moderno. Em entrevista, ele declarou à BBC: “Estamos descobrindo mais e mais espécies de criaturas, o que sugere que a natureza estava ‘experimentando’ qual seria a melhor forma de evoluir os seres humanos, dando assim origem a vários tipos diferentes de criaturas ‘humanoides’ em diferentes partes da África. Apenas uma linha deles, porém, sobreviveu para dar origem a nós” O fósseis foram encontrados numa caverna próximo a Joannesburgo chamada Rising Star. Estavam depositados numa câmara chamada Dinaledi. Um espaço cujo acesso somente é possível por uma estreita passagem medindo apenas 20 cm de largura. Uma espécie de câmara funerária e há todas as indicações de que foram depositados ali intencionalmente ou seja, um sepultamento já que não há nenhum indício de que a causa das mortes seja externa. O fato é surpreendente. O sepultamento mais antigo registrado data de 13o mil anos atrás na Croácia. O sepultamento indica ainda um grau avançado de desenvolvimento cultural e até mesmo a existência de um código de linguagem. A descoberta significa a mudança de todos os paradigmas sobre o início da humanidade. Os fósseis naledis possuem todos os traços anatômicos dos modernos humanos. Seu cérebro possuía um terço do tamanho atual, media um metro e meio de altura e pesava em torno de 45 quilos. Uma descoberta como essa reafirma a convicção de que o passado humano ainda é uma incógnita e muito ainda falta para que possamos compreender o enigma. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
As verdadeiras histórias por trás de American Horror Story
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Rafaela Tavares As aparições de personagens reais ou inspirados em situações verídicas em “American Horror Story” são tão frequentes quanto as referências a clássicos cinematográficos do terror. Por mais absurdos que alguns casos possam aparecer, eles não são simples frutos da mente de Ryan Murphy e Brad Falchuk, são influenciados pela realidade. E vamos confessar que se deparar com crimes macabros e verdadeiros é o que torna as tramas mais palpáveis e medonhas. Então, senhoras e senhores, apertem os cintos: vamos começar a nossa própria tour do terror real. Alerta de spoilers. . Thaddeus (inspiração: O bebê de Lindbergh) A tragédia do bebê dos Montgomery, Thaddeus espelha um caso emblemático da história dos crimes norte-americanos, o sequestro e morte do filho de outro Charles, o aviador Charles Lindbergh. Em 1932, o bebê real levado da casa da família e dois meses mais tarde, encontrado morto, com uma fratura no crânio. O caso gerou grande comoção e Richard Hauptmann foi acusado pelo crime, sendo executado na cadeira elétrica em 1936. . Assassinato de enfermeiras (Inspiração: Richard Speck) Em 1966, Richard Speck invadiu uma casa que abrigava estudantes de enfermaria. Ele fez oito vítimas. As mulheres eram presas, mortas a facadas ou estranguladas, e estupradas. A história soa familiar? Sim, o caso serviu como inspiração para a morte de duas enfermeiras que moravam em uma república dos anos 1960, na mansão da primeira temporada. . Tate (Inspiração: Massacre de Columbine) Doze estudantes e um professor. Essas foram as vítimas fatais de Eric Harris e Dylan Klebold. Os adolescentes entraram na Columbine High School em 20 de abril de 1999 com armas e roupas pretas quando iniciaram o ataque. Ainda que Tate Langdon (Evan Peters) tenha executado seus colegas sem um cúmplice, seu massacre foi inspirado na tragédia real. Inclusive, ele chegou a perguntar a uma de suas vítimas se ela acreditava em Deus antes de atirar, como Harris fez com Cassie Bernall antes de matá-la. A dupla real se matou após os assassinatos, assim como Tate induziu a própria morte. . A Dália Negra Los Angeles é vista como a cidade dos sonhos. Desde o início do século 20, era o destino preferido de aspirantes ao estrelato. Uma delas foi Elizabeth Short, que no período em que tentou iniciar a carreira em Hollywood foi assassinada. Em 1947 seu corpo foi encontrado em um terreno mutilado, cortado no meio. O rosto bonito da jovem de 22 anos recebeu um corte na área da boca, dando-lhe um sorriso macabro. Apelidada postumamente de “Dália Negra” pelos jornais, Elizabeth também fez uma aparição na primeira temporada, interpretada por Mena Suvari. Enquanto na realidade o seu assassino nunca foi encontrado, Murphy escreveu sua própria versão para o crime, envolvendo moradores vivos e mortos da mansão. . Alma e Kit (Inspiração: O Caso Hill) A experiência de abdução de Alma (Britne Oldford) e Kit Walker (Evan Peters) tem um paralelo real: o Caso Hill. O casal Barney e Betty moravam em Portsmouth em 1961. Na noite de 19 de setembro de 1961, os dois alegaram ter tido contatos com alienígenas. Além disso, assim como Alma e Kit, os dois formavam um casal interracial em plena década de 1960, quando os negros ainda realizavam suas lutas pelos direitos civis nos EUA. . Lana Winters (Inspiração: pacientes homossexuais em hospícios/Nellie Bly) A internação por homossexualidade da jornalista Lana Winters (Sarah Paulson) resultou em reportagem e livro expondo horrores vividos pelos pacientes de Briarcliff. E nenhum dos fatos é inteiramente fictício. Pode parecer absurdo ler isso no século 21, período posterior a revolução sexual e época em que se discute os direitos da comunidade LGBT, mas gays e lésbicas eram tratados como doentes mentais em hospícios em outras décadas. A terapia revoltante de conversão a que Lana é submetida não se distancia ao que foi vivido por alguns desses “pacientes”. Além disso, a história de uma jornalista divulgar tratamento a internos é baseada em um caso real. A famosa Nellie Bly não conheceu o interior de um hospício sob a aleação de ser homossexual como Lana. Não, ela fingiu sofrer de distúrbios mentais e foi internada em um asilo para mulheres na Ilha de Blackwell. As experiências e observações foram posteriormente relatadas em reportagem sobre as crueldades cometida contra as pacientes, o que tornou Nellie uma das pioneiras do jornalismo investigativo. E as situações narradas por ela eram dignas de terror no cinema. Seus artigos publicados para o jornal New York World foram compilados no livro “Ten Days in a Mad-House”, que circulou em 1887. . Bloody Face (Inspiração: Ed Gein) Não é novidade que Ed Gein inspire a ficção. Famoso serial killer e ladrão de cadáveres norte americano, ele e suas peculiaridades deram origem a Norman Bates, de “Psicose“, ao Leatherface, de “O Massacre da Serra Elétrica“, e ao assassino Buffalo Bill, de “O Silêncio dos Inocentes“. Quais as peculiaridades? Ed Gein tinha uma relação de obsessão por sua mãe, como Bates, confeccionava roupas e objeto de coração com a pele de suas vítimas e corpos roubados de cemitérios. Os problemas psicológicos relacionados à mãe e seu gosto por decoração macabra serviram como inspiração também para o nosso Bloody Face, Oliver Thredson (Zachary Quinto). . Anne Frank A mulher que surge em Briafcliff alegando ser a vítima do holocausto Anne Frank não era uma sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, no final das contas. Mas a personagem interpretada pela atriz Franka Potente teve inspiração na na judia alemã, famosa pelo relato deixado em um diário. Os textos são bastante sensíveis e tocantes, porém o final de Anne foi um exemplo de horror real. Ela e sua família viveram dois anos escondidos, até serem traídos e levados aos campos de
Uma aliança controversa: o pacto nazi-soviético na Segunda Guerra
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Bráulio Flores O acordo nazi-soviético de 1939 A conclusão do Tratado Germano-Soviético de não-agressão de 23 de agosto de 1939, vulgarmente conhecido como o “pacto nazi-soviético”, surpreendeu o mundo. Ele representou a mais dramática reviravolta na história diplomática. Assim como a Europa estava prestes a ir para a guerra, esses dois estados – conhecidos por sua hostilidade mútua – prometeram neutralidade, não-agressão e consulta mútua em qualquer empreendimento político ou militar. Anexo ao tratado foi publicado um protocolo secreto que demarcava as “esferas de influência” germânico-soviéticas. Stalin assinalou o seu abandono da segurança coletiva pela dependência de neutralidade. Com efeito, a União Soviética prometeu neutralidade na guerra de Hitler com o Ocidente em troca de um compromisso alemão para ficar longe da Finlândia, Estónia, Letônia e Polônia Oriental. . Dividindo espólios As 03h00min em 17 de setembro de 1939, o embaixador polonês em Moscou, ficou sabendo que o governo soviético havia ordenado que o Exército Vermelho cruzasse a fronteira polonesa. A Polônia foi pega em uma armadilha terrível, em 1º de Setembro o ataque da Wehrmacht a partir do oeste, agora o Exército Vermelho avançando do leste. O comando polonês ordenou que nenhuma resistência deveria ser oferecida às tropas soviéticas. Os exércitos alemães cruzaram o rio Bug e cercaram Brest-Litovski, violando a linha de demarcação acordada pelo pacto nazi-soviético. O coronel SM Krivoshein, comandante da 29ª Brigada de Tanques, negociou a retirada das forças alemãs a partir de Brest com o General der Panzertruppe Heinz Guderian. Na área de Lvov, as tropas alemãs e soviéticas “trocaram de posição”. As tropas soviéticas e alemãs se encontram. As 05h40min em 17 de setembro de 1939, tropas de cavalaria e tanques do Exército Vermelho cruzaram a linha da fronteira soviético-polonesa. Stalin pediu que os aviões alemães não voassem a leste da linha de Litovsk, Lvov e Bialystok-Brest, a fim de evitar incidentes. No dia seguinte, Stalin expressou “algumas dúvidas” quanto ao fato de que o Alto Comando alemão iria honrar os acordos de Moscou e as linhas de demarcação acordada. . “Guerra de inverno” 1939-1940 A guerra soviético-finlandesa – a “Winter War” – foi travada entre 19 de novembro de 1939 e 13 de março de 1940, e causou danos graves à reputação do Exército Vermelho, devido ao seu fraco desempenho contra “a pequena Finlândia”. As concessões finlandesas não conseguiram satisfazer Moscou, e o Exército Vermelho lançou sua ofensiva mal preparada, em primeiro lugar em 30 de novembro. Ágeis tropas finlandesas sobre esqui, preparados para a guerra de inverno, atormentaram as mal treinadas tropas soviéticas. Os ataques da Força Aérea Vermelha foram bastante ineficazes. Em 12 de fevereiro de 1941, o Exército Vermelho lançou uma ofensiva poderosa, artilharia pesada quebrando as defesas finlandesas. Exaustos, os finlandeses procuraram por um armistício, em março. O custo da guerra ao Exército Vermelho foi de quase 400.000 homens. . “Falsas amizaddes”: Molotov em Berlin O Ministro dos Negócios Estrangeiros Soviético Molotov chegou a Berlim em 12 de novembro de 1940 para conversações com Hitler e Ribbentrop. O que Stalin queria era uma nova “esferas de influência” através de um novo acordo com a Alemanha, especialmente que fosse retirada a presença militar alemã da Finlândia e garantir o controle soviético sobre o Mar Negro. Hitler recusou estes pontos. Ele queria a participação soviética no Pacto Tripartite, o reconhecimento soviético da hegemonia alemã na Europa e a interrupção da expansão soviética para o sul. Tais pontos causaram grande polêmica e resultaram em total desacordo quando foram tratados assuntos referentes à Bulgária, Stalin acreditava que esse país encontrava-se na esfera soviética, Hitler desejava a “total independência” da região, outra preocupação do chefe nazista era quanto a relação de Stalin com a Turquia, devido a essas contendas as negociações entraram num impasse, quando Molotov deixou Berlim, em 14 de novembro. . Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
18 filmes sobre o Apartheid
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Segue uma lista de filmes ambientados no Apartheid da África do Sul. Estão organizados de acordo com o ano de lançamento. Conspiração violenta (The Wilby Conspiracy). Diretor: Ralph Nelson. EUA. Ano de lançamento: 1975. Sinopse: Quando o apartheid era a política vigente na África do Sul, Shack Twala (Sidney Poitier), um ativista negro, é surpreendentemente absolvido. Porém, logo após sair do tribunal na companhia da sua advogada, Rina Van Niekirk (Prunella Gee) e do noivo dela, Jim Keogh (Michael Caine), policiais agridem Twala pelo simples motivo de ele ser um kaffir (negro), que estava trafegando sem passe. Este tumulto desnecessário dá origem a uma briga nos quais os guardas ficam desacordados, fazendo com que Keogh e Twala sejam obrigados a fugir. Twala quer recuperar US$ 750 mil em diamantes brutos, que ele deseja entregar a Wilby (Joe De Graft), um líder ativista que pretende comprar armas. Durante o percurso eles são seguidos por Horn (Nicol Williamson), um sádico major que, apesar de ter chance de prendê-los várias vezes, não o faz como estivesse esperando algo mais importante para então agir. Um grito de liberdade (Cry Freedon). Diretor: Richard Attenborough. Reino Unido. Ano de lançamento: 1987. Sinopse: Donald Woods (Kevin Kline) é editor chefe no jornal liberal Daily Dispatch na África do Sul. Ele tem escrito diversas críticas sobre a visão de Steve Biko (Denzel Washington) – militante negro que lutou contra o apartheid. Mas depois de conhecer Biko pessoalmente, ele muda de opinião. Eles passam a se encontram diversas vezes e isso significa que Woods e sua família começam a receber uma atenção especial da polícia. Quando Biko morre na prisão, Woods escreve uma biografia do militante. Porém, a única forma de ter seu livro publicado é saindo do país. Assassinato sob custódia (A Dry White Season). Diretor: Euzhan Palcy. EUA. Ano de lançamento: 1989. Sinopse: África do Sul, 1976. Ben du Toit (Donald Sutherland) é um professor que, gradativamente, toma consciência da terrível realidade do seu país, na qual os negros são assassinados sem o menor motivo e os assassinos são protegidos pelo regime dominante. Diante deste quadro, ele resolve enfrentar o sistema. O poder de um jovem (The Power of one). Diretor: John G. Avildsen. EUA. Ano de lançamento: 1992. Sinopse: África do Sul, primeira metade do século 20. P.K. é um menino inglês (Guy Witcher) cresceu em uma fazenda do interior, sendo criado por sua mãe viúva e por uma babá zulu. Quando sua mãe fica doente, o garoto é enviado para um colégio interno, onde passa a ser perseguido pelos colegas. P.K. consegue sobreviver à esses anos de bullyng e vai viver com seu avô. Ele conhece Doc (Armin Mueller-Stahl), um prisioneiro alemão que o ensina a tocar piano e Geel Piet (Morgan Freeman), um gentil prisioneiro que o apresenta à arte do boxe. Aos 18 anos de idade P.K. se cansa de tanta injustiça e se levanta como uma ativista anti-apartheid. Sua luta contra o regime de segregação racial na África do Sul fica confusa quando ele se apaixona por Maria (Fay Masterson), a filha de um líder racista. Sarafina! O som da liberdade (Sarafina!). Diretor: Darrell James Roodt. África do Sul / Reino Unido / França. Ano de lançamento: 1992. Sinopse: Durante os anos 1970, na África do Sul, acontece o Apartheid. Nesse contexto, uma jovem estudante negra chamada Sarafina (Leleti Khumalo) é mais interessada em garotos do que em direitos civis. Só que quando sua brilhante professora Mary Masembuko (Whoopi Goldberg) ensina aos alunos sobre a opressão sofrida pelos africanos negros, Sarafina adquire uma consciência política sobre a sua realidade. Ao lado de seus colegas, ela organiza um levante, com direito a números musicais, para abrir os olhos dos demais em relação às restrições impostas pelo governo. Bopha! A flor da pele (Bopha!). Diretor: Morgan Freeman. EUA. Ano de lançamento: 1993. Sinopse: Um sargento da África do Sul vive todo o conflito gerado pelo apartheid em plenos anos 80, ao mesmo tempo em que deve conviver com o crescimento de seu filho numa nação tremendamente injusta. O filme tem um elenco de primeira com Danny Glover (Máquina Mortífera) no papel principal. Mandela e De Klerk (Mandela and de Klerk). Diretor: Joseph Srgent. EUA. Ano de lançamento: 1997. Sinopse: Em 12 de junho de 1964, Nelson Mandela, juntamente com um número de presos políticos, foi condenado à prisão perpétua no que foi considerado o julgamento por traição mais sensacional na história da África do Sul. O encarceramento de Mandela e outros presos políticos na ilha de Robben se tornaria um símbolo da luta para acabar com o apartheid e ganhar a liberdade para a maioria negra da África do Sul. Em 2 de fevereiro de 1990, o presidente FW De Klerk estava em pé diante do Parlamento e anunciou a legalização do Congresso Nacional Africano e uma série de outras organizações políticas proibidas. Ao mesmo tempo, ele anunciou que Nelson Mandela, tendo servido 27 anos de prisão, seria libertado dentro de 7 dias. Em minha terra (Country of My Skull). Diretor: John Boorman. África do Sul / Irlanda / Reino Unido. Ano de lançamento: 2003. Sinopse: Langston Whitfield (Samuel L. Jackson) é um jornalista negro norte-americano que é enviado pelo Washington Times à África do Sul, em 1995. Seu objetivo é fazer a cobertura dos depoimentos ouvidos na Comissão da Verdade e Reconciliação, que julga os brutais crimes cometidos durante o período do apartheid. Ao longo das audiências, vítimas e criminosos são colocados frente a frente. Langston toma conhecimento de relatos violentos e cruéis, que desafiam sua imaginação e despertam sua consciência. Em nome da honra (Catch a fire). Diretor: Phillip Noyce. França / Reino Unido / África do Sul / EUA. Ano
Somente os humanos podem fabricar artefatos?
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Sempre foi um consenso entre os pesquisadores o fato de que os seres humanos fossem os únicos animais capazes de confeccionar artefatos. Recentemente uma descoberta abalou esta certeza. Um grupo de chimpanzés em vida selvagem na reserva de Fongoli, no Senegal, foi observado confeccionando lanças afiadas para apunhalar suas presas. A técnica, descrita na última edição da revista Royal Society Open Science, poderia ter se originado com o ancestral comum entre humanos e chimpanzés, sugerindo que os primeiros humanos caçavam de forma semelhante. Os chimpanzés despendem muito tempo fabricando suas lanças mortais, mais eficazes. Eles escolhem cuidadosamente galhos das árvores mais adequados, removendo todos os ramos laterais e folhas. Alguns indivíduos afinam a ponta com os dentes. O artefato chega a ter em média de 75 centímetros de comprimento. Com facilidade eles caçam sorrateiramente uma espécie menor de primatas chamada Galagos. Curiosamente, são as fêmeas que se mostraram mais aptas ao uso da arma. Elas caçam os pequenos galagos com seus olhos grandes de hábitos noturnos. Esta diferença tem uma possível explicação, uma vez que os machos são maiores, mais fortes e adaptados para a caça. As fêmeas estão fisicamente em desvantagem, além de estarem frequentemente carregando filhotes grudados em suas costas ou sua barriga. O uso de lanças seria então uma forma de compensar esta desvantagem para perseguir a presa, segundo os pesquisadores. Dentro desta ótica, seria perfeitamente possível que, em nossa espécie a utilização de artefatos fosse também uma inovação feminina. Curioso também que os machos apóiam as fêmeas e os machos mais jovens a capturar suas próprias presas. Na grande maioria dos bandos de chimpanzés os machos dominantes roubam a caça dos mais fracos. Os chimpanzés de Fongoli são os único primatas não humanos conhecidos que sistematicamente utilizam armas para caçar. Seu ambiente é uma savana com uma estação seca que dura mais de sete meses, clima semelhante àquele em que os primeiros seres humanos se desenvolveram. Este clima Os primeiros seres humanos talvez enfrentaram condições semelhantes, o que levou à maior dependência de consumo de carne e métodos eficientes de caça. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Annette Kellerman: a luta pelo espaço num mundo de homens
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Nei Nordin Sempre é bom relembrar mulheres que foram pioneiras na luta pelo reconhecimento e pela igualdade de direitos em um mundo masculino.
Corrida contra o destino (Vanishing Point) – 1971
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Encontrei este filme por acaso numa daquelas madrugadas da minha adolescência enquanto procurava algo para assistir na TV. “Zapear” era ainda um verbo desconhecido de todos e não nos atrevíamos a sonhar com todas as possibilidades da TV por assinatura. O fato é que naquela noite assisti a u m daqueles filmes que ficariam marcados por muitos anos na minha memória.
Beatles, the dark side
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Giovane Salvattore Antes de pensar que os Beatles eram quatro rapazes amigos que se encontraram para dirigir – de certa maneira –, a história da música, é interessante saber que seus integrantes não nasceram no momento em que a banda se criou. Cada um tinha suas vidas anteriormente e todos, sem exceção, nasceram num dos momentos mais tensos da Segunda Guerra Mundial. Ringo Starr, ou melhor, Richard Starkey, como se chamava verdadeiramente, foi o primeiro dos Beatles a nascer, em Julho de 1940. Ele morava com a mãe e o padrasto, e desde muito jovem teve problemas sérios de saúde, passando anos no hospital e semanas em coma (razão pela qual estava em ‘dívida’ com a escola, e por mal saber ler e escrever aos 15 anos). John Lennon, fundador e o “cabeça” dos Beatles, nasceu em Outubro de 1940. Ele morava com a tia, que o roubou da mãe porque não a julgava capaz de criar uma criança. O pai tentou a guarda do filho, mas com um compromisso com a marinha da Inglaterra se mudou para a Nova Zelândia. Lennon vivia mudando de casa porque o Exercito da Salvação temia ataques aéreos, costumava também roubar os discos de rock vindos da América nas docas de Liverpool, e passava horas e dias aprendendo a postura rebelde e travessa que ouvia de Elvis, além de invadir um orfanato próximo para brincar. Na adolescência teve atrações sexuais pela própria mãe e bissexualidade. Paul McCartney, com ascendência irlandesa e pais estudados e religiosos, nasceu em Junho de 1942. Perdeu a mãe, estudante de medicina, aos 14 anos, para o câncer (fato que o faria se aproximar de Lennon no ano seguinte). O pai, excelente instrumentista, tinha uma banda de Jazz e o ensinou alguns instrumentos, mas seu real interesse por música só veio com a chegada do skiffle (antecessor do rock) na Inglaterra, fascínio o qual compartilhava com o amigo de viagens de ônibus até a escola, George Harrison. George Harrison é o integrante definitivo mais novo dos Beatles. Nasceu em fevereiro de 1943. Pode-se dizer que dos quatro era aquele que vivia nas piores condições. Tinha quatro irmãos, e os pais trabalhavam com mão de obra dura e barata, horas por dia, para sustentar a família. Estudou junto com John Lennon sem nem sequer saber quem ele era. Decidiu se atirar no mundo da música quando uma vez, enquanto andava de bicicleta aos 13 anos, ouviu “Heartbreak Hotel”, de Elvis Presley, e apesar de ter um bom desempenho escolar, não tinha interesses com fins acadêmicos, apenas na música. 1960 – 1961: Certo, agora que sabemos que todos os quatro integrantes oficiais dos Beatles não tiveram uma infância tranquila por diversos malefícios (cujo quais a maioria eu não lembrei) e nem tão ruim pelo apoio familiar e oportunidade de crescimento musical, podemos de vez dar introdução à história do grupo em si. Vou tentar fazer este texto não parecer uma sequência de tópicos por causa de parágrafos curtos, mas não garanto nada. Quando os Beatles já eram Beatles, e não mais The Quarrymen e diversos outros nomes que não “colaram”, sua formação tinha uma única diferença: Pete Best. Pete era o antigo baterista, antes de Ringo assumir seu posto. Participou de diversas apresentações importantes dos Beatles em Hamburgo. Eles se hospedaram, inicialmente, dentro de um cinema, que não tinha nada além de paredes de concreto e dois beliches sem coberta e aquecimento interno, o prédio também ficava em uma zona conhecida pelos prostíbulos e gangues de rua. Em entrevistas futuras, McCartney assumiu que os rapazes, alguns ainda menores de idade, tomavam anfetaminas com cerveja, o que era totalmente legal na Alemanha da época, só para conseguir tocar obrigatoriamente até sete horas seguidas, sete dias por semana. Em 1960, George e Pete, menores de idade, foram deportados por mentirem às autoridades graças à um incêndio acidental envolvendo Paul e Pete. Depois de idas e vindas à Hamburgo, os Beatles se estabilizaram e fizeram centenas de apresentações em Liverpool, no Pub que os colocaria na estrada definitiva do sucesso, o Cavern Club, onde também, Brian Epstein, um homossexual dono de uma loja de discos (que futuramente teria um caso com Lennon), se encantou com a banda e decidiu assumir o cargo de empresário. O primeiro passo de Epstein foi fazer os garotos abandonarem as jaquetas de couro e assumirem uma postura mais formal. Secundariamente, começou a buscar gravadoras que quisessem fechar contrato com o quarteto, e a primeira coisa que ouviu foi “Bandas com guitarras não estão mais na moda”. Possivelmente aquela que lhe disse isso se arrependeu infinitamente no ano seguinte. 1962: Depois de muitas frustrações e a morte de um jovem amigo dos Beatles, eles estavam tocando totalmente sem esperanças, prestes à acabar sem nem sequer ter realmente começado, até que Brian Epstein, recusado pela segunda gravadora, encontrou aquele que era conhecido por ser “um produtor rebelde e independente”, George Martin, o qual aceitou uma audição com a banda. Resultado? Reprovação. É, os Beatles foram reprovados, as músicas originais do grupo eram ruins e a bateria pior ainda, mas na conversa que a gravadora não tinha nada a perder e resolveu arriscar. O contrato era bem simples: Os integrantes receberiam 1 centavo de libra para cada disco vendido, dividido pelos integrantes do grupo, e menos 25{b906769e2432a147aaf4da83d5357088c51bd89eb4e27716ab86b4881f24f200} do total que ia para o empresário. No meio dessa assinatura, Pete Best foi demitido do grupo por conter um temperamento muito rabugento e pouca técnica percussiva. Os três rapazes restantes, John, Paul e George, conheciam de palco a banda Rory Storm & The Hurricanes, outro grupo muito, se não mais famoso que os Beatles, e seu baterista, Ringo, chamou a atenção. A proposta foi
Espinosa e a potência do ser
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A princesa que não sobreviveu: o mito de Anastásia Romanov
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato – Renato Drummond Anastásia Nikolaevna Romanov é uma das personalidades mais queridas da história, tanto aos olhos dos pesquisadores como ao dos leigos. Sua lenda já foi contada de tantas formas e alimentada ao longo dos anos por uma série de boatos e relatos fantasiosos que hoje é quase impossível encontrar alguém que, ao ouvir seu nome, deixe de fazer a pergunta: “não foi ela a princesa que sobreviveu”? Teria sido um final digno de contos de fadas se Anastásia tivesse continuado a viver de forma anônima, simples e feliz. Infelizmente, nem mesmo a filha mais nova do czar Nicolau II conseguiu fugir ao horror que dizimou sua família. A descoberta, em 2007, dos remanescentes humanos dos dois filhos do czar que não haviam sido identificados em 1991 pôs por terra a possibilidade de a grã-duquesa ter escapado, frustrando assim as esperanças de muitas gerações de sonhadores que imaginaram outro desfecho para essa história, tal como no filme infantil “Anastásia”, de 1997. Sendo assim, convido você, caro leitor e leitora, a retornar àquele fatídico dia que pôs termo à vida da família imperial russa e descobrir as origens por trás do mito da princesa que não sobreviveu. Nascida em 18 de junho de 1901, Anastásia foi à quarta filha do czar Nicolau II e sua esposa, Alexandra Feodorovna. Naquele dia, o imperador da Rússia anotou no seu diário o seguinte: “Exatamente às seis da manhã, uma pequena filha – Anastásia – nasceu. Foi tudo muito rápido e, graças a Deus, sem complicações! Por tudo ter começado e acabado enquanto todos ainda dormiam, ambos [o czar e sua esposa] temos um sentimento de calma e solidão”. Entre os muito significados do nome escolhido para a criança encontramos “aquela que se liberta das correntes”, “aquela que se reerguerá”, ou “aquela que renascerá”. Contudo, a notícia da chegada de uma garota foi recebida com certo desapontamento pelos pais da mesma e pela corte, que há muito esperavam um menino para herdar a coroa de seu pai. Essa situação só se resolveu em 17 de agosto de 1904, quando, para alívio de todos, nasceu o czarevich Alexei. As muitas fotos da família imperial sugerem que naquele grupo reinava um tipo de união e felicidade pouco encontrado entre as outras casas reinantes da Europa. Além disso, um dos elementos que mais chama a atenção das pessoas é a beleza daquelas crianças. Nicolau e Alexandra com certeza deviam se orgulhar muito desse aspecto! Todavia, Alexei sofria de hemofilia, doença herdada da rainha Vitória, avó de Alexandra. Diferentemente dele, Anastásia era uma menina robusta e enérgica. Talvez ciente de que os pais preferiam que tivesse nascido menino, a grã-duquesa logo apresentou um comportamento controverso com relação ao de suas irmãs: gostava de pregar peças nos outros e não se preocupava com sua aparência. Era uma menina durona, no sentido literal da palavra. Seu tutor, o francês Pierre Gilliard a descreveu como “travessa e engraçada”, tendo um senso de “humor apurado” e dotado de “comentários sarcásticos” que “atingiam quase sempre assuntos sensíveis”. Para Gilliard, esse desvio comportamental seria corrigido com a idade. Apesar de uma aparente preguiça, Anastásia era uma “criança dotada”, “tão vivaz, e sua alegria tão contagiante”, que muitas pessoas costumavam chama-la de “raio de sol”. Quem na primeira década de 1900 poderia imaginar que aquela garotinha teria um final tão trágico? A verdade é que a situação na Rússia ia nada bem e o povo, com o passar dos anos, passou a culpar unicamente o czar pela causa de seus infortúnios. Quando a Revolução estourou e derrubou a monarquia em 1917, o destino da família imperial ficou cada vez mais comprometido, e as bases para o mito que ganharia os olhos do mundo, afixadas. Com efeito, é a partir desse ponto que a nossa história começa. Tentemos agora reconstruir o cenário do crime: por volta das 2 horas da manhã de 17 de julho de 1918, o czar Nicolau II, sua esposa, filhos e alguns criados foram despertados pelos guardas da fortaleza bolchevique em Ecaterimburgo, local onde a família imperial russa era mantida prisioneira desde abril daquele ano, sob a vigilância de Yakov Yurovsky. Segundo o testemunho desse dedicado revolucionário, os Romanov haviam sido avisados de que deveriam descer ao porão para serem fotografados em grupo, como haviam feito várias vezes em tempos passados. Nicolau pediu então a Yurovsky que lhe providenciasse três cadeiras: uma para seu filho, Alexei, outra para sua esposa, Alexandra, e uma para si mesmo. Porém, o que o ex-imperador não sabia é que no quarto ao lado os soldados preparavam suas armas para atirar contra a família imperial e seus servos. Às 02h30min, Yakov Yurovsky apareceu no cômodo acompanhado por uma comissão de guardas e leu diante das pessoas ali presentes a seguinte ordem: “em vista do fato de seus parentes continuarem a atacar a Rússia Soviética, o Ural Executive Committee decidiu executa-lo”. A reação do monarca deposto face à sua família foi de incredulidade. “Como assim?”, respondeu Nicolau, ao passo que Yurovsky relia a ordem de execução. Imediatamente a Imperatriz e a Grã-duquesa Olga, a filha mais velha do casal, tentaram se colocar à frente do czar, mas era tarde demais. Yakov deu o sinal aos guardas para que atirassem. Recebendo vários tiros na cabeça e no peito, Nicolau morreu instantaneamente, mas o restante de sua família não teve a mesma “sorte”. Em meio a tanta fumaça, os executores não conseguiam enxergar direito para qual direção suas armas estavam apontadas. Quando as portas do quarto foram abertas e a névoa dissipada, nova surpresa: as três outras filhas do czar, Tatiana, Maria e Anastásia ainda estavam vivas. Uma vez que carregavam no interior de suas roupas muitos diamantes,
A História por trás da máscara
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Em todas as capitais onde ocorriam manifestações um símbolo foi visto com freqüência na multidão: a máscara que ficou conhecida pelo filme “V de Vingança”, lançado em 2006 e dirigido por James McTeigue. A sinopse do filme, divulgada pelo site “Adoro Cinema” é a seguinte: Em uma Inglaterra do futuro, onde está em vigor um regime totalitário, vive Evey Hammond (Natalie Portman). Ela é salva de uma situação de vida ou morte por um homem mascarado, conhecido apenas pelo codinome V (Hugo Weaving), que é extremamente carismático e habilidoso na arte do combate e da destruição. Ao convocar seus compatriotas a se rebelar contra a tirania e a opressão do governo inglês, V provoca uma verdadeira revolução. Enquanto Evey tenta saber mais sobre o passado de V, ela termina por descobrir quem é e seu papel no plano de seu salvador para trazer liberdade e justiça ao país. O filme por sua vez foi inspirado numa revista de história em quadrinhos. O que pouca gente sabe é que a máscara em questão retrata um personagem real que se rebelou contra o governo da Inglaterra no século XVII. Seu nome era Guy Fawkes. Fawkes fez parte de uma conspiração para explodir o parlamento britânico em 1605. O objetivo era assassinar o rei Jaime I e iniciar um levante católico. Trinta e seis barris de pólvora foram estrategicamente colocados nas fundações do prédio. Tendo o plano malogrado, Fawkes foi preso e, junto com doze homens de seu grupo, condenado à forca por traição e tentativa de assassinato. O episódio foi conhecido como “Conspiração da Pólvora”. Após a morte da rainha Elizabeth I em 1603, os católicos ingleses esperavam que a monarquia anglicana fosse um pouco mais tolerante com sua religião. Não foi exatamente o que ocorreu. Embora houvesse certa tolerância a um catolicismo muito discreto, medidas foram adotadas contra a religião e os puritanos fomentaram sentimentos de repressão e perseguição aos católicos. Neste contexto um grupo de rebeldes optaram por medidas drásticas para dar um “basta” na situação. Seu líder era o carismático Robert Catesby que defendia ardentemente a posição de que a ação violenta era o único rumo a ser tomado. O grupo cresceu rapidamente até a inclusão de Guy Fawkes. Os insurgentes ao todo eram treze. Catesby achou que Fawkes seria uma boa aquisição ao grupo, pois conquistara fama atuando como mercenário na Espanha e na Holanda e era forte entusiasta da causa católica. Ele então rapidamente conquistou posições de confiança junto à Catesby. Coube a Guy Fawkes a tarefa de adquirir os barris de pólvora e posicioná-los em locais estratégicos nos porões do parlamento britânico. Inicialmente, apenas Guy Fawkes foi preso e responsabilizado como único autor do atentado terrorista. Seu nome viria a se tornar sinônimo de traição em todos os lugares. Os demais conspiradores, incluindo Catesby, foram apanhados nos dias seguintes e sofreram torturas e execuções de maneiras terríveis. O governo inglês serviu-se da Conspiração da pólvora para justificar sua política de repressão anti-católica. Os condenados a morte costumavam ser enforcados, arrastados e esquartejados publicamente como punição exemplar para incutir terror e inibir quaisquer iniciativas subversivas. Num período de grande instabilidade a Conspiração da Pólvora adquiriu grande notoriedade e tornou-se instrumento de comoção muito forte para a população da Inglaterra. Ainda hoje existe a tradição de que quando a rainha da Inglaterra faz sua visita anual ao parlamento, os porões da sede (Palácio de Westminster) devem ser verificados. Na mesma noite do dia em que a conspiração foi frustrada (cinco de novembro), fogueiras foram acesas em Londres para festejar a segurança do rei. A data é conhecida até hoje como o Bonfire Night, evento caracterizado por fogos de artifícios e “malhação” de bonecos que representam Guy Fawkes, o papa católico e eventuais personalidades políticas do momento, a exemplo das atuais malhação de Judas. Durante o evento o boneco de Guy é jogado na fogueira. A comemoração ramificou-se para as colônias britânicas e ainda hoje podem ser encontradas em países como Nova Zelândia e Terra Nova, no Canadá. Atualmente Fawkes (e a máscara) tornaram-se um símbolo de luta pela liberdade frente à repressão de Estados totalitários. O atual grupo Anonymous, conhecido por invadir sites governamentais e de grandes corporações, promovendo protestos pela internet em nome dos direitos humanos e da liberdade virtual, adotou a máscara como símbolo. Enfim, Guy Fawkes, que fora condenado por traição, assumiu seu lugar na História como alguém que lutou e morreu por um ideal de liberdade. A máscara, que surgiu a partir de um filme, tornou-se a representação de sua identidade e é utilizada por jovens do mundo inteiro na lutas por seus ideais. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
17 filmes no contexto da crise de 1929
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Segue uma indicação de bons filmes sobre a crise de 1929. Conheço muitos, mas nunca me lembro de todos na hora. Então fiz aqui uma lista dos principais. Os filmes estão organizados por ordem de ano de lançamento Tempos modernos (Modern Times) Diretor: Charles Chaplin. EUA. Ano de lançamento: 1936. Sinopse: Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não tem mãe e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar. As vinhas da ira (The grapes of Wrath) Diretor: John Ford. EUA. Ano de lançamento: 1940. Sinopse: Oklahoma, Grande Depressão. Tom (Henry Fonda), filho mais velho de uma pobre família de trabalhadores rurais, retorna para casa após cumprir pena por homicídio involuntário. Ele planeja levar os parentes até a Califórnia, onde dizem que trabalho não falta. Durante a viagem eles passam por diversos tipos de provações e quando finalmente chegam na “Terra Prometida” descobrem que é um lugar bem pior do que aquele que deixaram. O sol é para todos (To kill a Mockingbird) Diretor: Robert Mulligan. EUA. Ano de lançamento: 1962. Sinopse: Jean Louise Finch (Mary Badham) recorda que em 1932, quando tinha seis anos, Macomb, no Alabama, já era um lugarejo velho. Nesta época Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro, foi acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. Seu pai, Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado extremamente íntegro, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu. Bonnie e Clyde: uma rajada de balas (Bonnie and Clyde) Diretor: Arthur Penn. EUA. Ano de lançamento: 1967. Sinopse: Durante a Grande Depressão, Bonnie Parker (Faye Dunaway) conhece Clyde Barrow (Warren Beatty), um ex-presidiário que foi solto por bom comportamento, quando este tenta roubar o carro de sua mãe. Atraída pelo rapaz, ela o acompanha. Ambos iniciam uma carreira de crimes, assaltando bancos e roubando automóveis. Conhecem o mecânico C.W. Moss (Michael J. Pollard), que passa a ser o novo companheiro da dupla, mas durante um assalto matam uma pessoa e são caçados daí em diante como assassinos. Ao grupo une-se Buck (Gene Hackman), o irmão de Clyde recém-saído da cadeia, e Blanche (Estelle Parsons), sua mulher. Sucedem-se os assaltos e logo o quinteto ganha fama em todo o sul do país. Uma noite, são cercados por vários policiais e, obrigados a matar para fugir, são perseguidos em vários estados. A noite dos desesperados (They Shoot Horses, Don’t They?) Diretor: Sydney Pollack. EUA. Ano de lançamento: 1969. Sinopse: Esta é uma historia cruel e selvagem que tem lugar entre os participantes de uma maratona de dança durante a Grande Depressão americana. Rocky (GIG YOUNG) é o detestável mestre de cerimônias de um concurso que oferece 1.500 dólares ao vencedor. Uma pequena fortuna para essa dura época em que a falta de emprego e a péssima economia, atingem a população. Principalmente aos participantes que estão a beira do desespero. Entre eles estão: Gloria (JANE FONDA) uma mulher infeliz e deprimida que faz dupla com Robert (MICHAEL SARRAZIN) um aproveitador; Ruby (BONNIE BEDELIA) uma garota do campo que está grávida e seu marido James (BRUCE DERN); um marinheiro (RED BUTTONS) e atriz aspirante (SUSANNAH YORK). Na medida em que o concurso se estende ao segundo mês, a raiva a suspeita, dúvidas e insegurança atingem todos participantes, inclusive ao cruel e manipulador Rocky, levando todos a um chocante fim… O imperador do norte (Emperor of the North Pole) Diretor: Robert Aldrich. EUA. Ano de lançamento: 1973. Sinopse: O filme se passa durante a Depressão Americana, onde alguns desempregados vão tentar a sorte no norte. Mas não esperavam que Borgnine, o condutor do trem, estaria disposto a matar qualquer vagabundo que tentasse viajar clandestinamente em seu trem. Marvin um legendário errante anuncia que ira tentar a façanha e sairá bem sucedido. A rosa púrpura do Cairo (The purple rose of Cairo) Diretor: Woody Allen. EUA. Ano de lançamento: 1985. Sinopse: Em área pobre de Nova Jersey, durante a Depressão, uma garçonete (Mia Farrow) que sustenta o marido bêbado e desempregado, que só sabe ser violento e grosseiro, foge da sua triste realidade assistindo filmes. Mas ao ver pela quinta vez “A Rosa Púrpura do Cairo” acontece o impossível! Quando o herói da fita sai da tela para declarar seu amor por ela, isto provoca um tumulto nos outros atores do filme e logo o ator que encarna o herói viaja para lá, tentando contornar a situação. Assim, ela se divide entre o ator e o personagem. Shadrach: um sonho proibido (Shadrach) Diretor: Susanna Styron. EUA. Ano de lançamento: 1998. Sinopse: No ano de 1935, um ex-escravo de 99 anos, Shadrach, chega na fazenda onde nasceu e foi criado. A terra é agora propriedade do casal Dabney que vive ali com seus sete filhos e tem seus. O velho Shadrach revela seu sonho de ser enterrado naquela propriedade, mas isso será uma violação do código de leis da Virginia.. E aí, meu irmão, cadê você? (O brother, where art thou?) Diretor: Joel
Ataque a Pearl Harbor
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Bráulio Flores Pearl Harbor, Havaí 07 de Dezembro de 1941, em apenas 2 horas os aviões japoneses, sem aviso prévio liquidaram a maior parte da frota norte-americana. A guerra chega aos domínios dos Estados Unidos. Concebido pelo almirante Isoroku Yamamoto, o ataque japonês a Pearl Harbor é considerado uma das mais ousadas e bem planejadas operações aeronavais da Segunda Guerra Mundial. Diplomacia e Ousadia Na década de 30 o Império Japonês implantou uma política expansionista. Por volta de 1935 diversas nações e territórios do sudeste asiático já se encontravam sob domínio nipônico. Vários recursos logísticos, entre eles minérios e petróleo eram necessários para o Japão manter suas bases nas terras conquistas. A grande maioria desses suprimentos era importada dos Estados Unidos. A política externa americana implantada pelo presidente Franklin D. Roosevelt era abertamente contra “o domínio japonês de nações e povos indefesos”. Com a intenção de conter os abusos japoneses na China e Coréia o governo dos Estados Unidos resolveu adotar uma política de redução às exportações de minério, sucata e petróleo ao Japão. O que gerou uma grave crise diplomática entre os dois países. Quando o Japão assinou o pacto Tripartite com Alemanha e Itália, “nações fora da lei” segundo Roosevelt, as relações diplomáticas nipo-americanas ficaram mais frias. O governo dos Estados Unidos agora considerava o Japão integrante do “Eixo do Mal” e não mediaria esforços para conter esse inimigo em potencial. Mas era preciso agir com cautela. A guerra na Europa já se arrastava por quase 2 anos. A opinião publica americana era adepta ao isolacionismo, tinha horror de se envolver numa nova guerra, que só traria dor e tristeza aos americanos. Em outras palavras o povo americano não queria a guerra. Por esse motivo Roosevelt resolveu negociar com o Japão. A Casa Branca designou o Secretário de Estado Cordell Hull para negociar a “paz restritiva” com o embaixador japonês almirante Nomura. Durante meses os diplomatas americanos e japoneses discutiram meios para manter a paz. Os americanos não abriam mão de exigir garantias sólidas para a paz firmadas pelo governo japonês. Para acalmar os americanos foi enviado do Japão Saburu Kurusu representante oficial do imperador Hiroito. Para honrar todos os acordos feitos com os americanos. Mas ao mesmo tempo em que Nomura e Kurusu negociavam com Hull, o Alto Comando da Armada japonesa preparava-se para desencadear o ataque a Pearl Harbor. Dando a esse episódio a alcunha de “A Grande Traição” (7 de Dezembro de 1941 passou a ser conhecido na história como “o Dia da Infâmia”). Porque Pearl Harbor? A base aeronaval de Pearl Harbor no Havaí era um ponto estratégico norte-americano para a defesa da costa oeste e de seus protetorados na Ásia. Com a ofensiva japonesa no sudeste asiático, o comando da marinha americana decidiu deslocar a frota baseada na Califórnia para Pearl Harbor, como forma de dissuadir qualquer ameaça japonesa, as possessões americanas na Ásia. Pearl Harbor reunia todos os meios para servir de Quartel General das Operações Combinadas da Marinha e Exército dos Estados Unidos. Além de possuir uma posição geográfica perfeita, dispunha de estaleiros e docas secas para reparos, bases aéreas para 20 esquadrilhas de aviões, diversos cais para atracagem de navios, uma excelente infra-estrutura de comando, onde incluía-se centro de controle aéreo com radar e um hospital de base. Todos os recursos para deixar a frota em condições operacionais Além das belíssimas praias. Só tinha um único demérito. A quantidade de suprimentos produzidos pela pequena industria do arquipélago era demasiadamente pequeno para satisfazer as necessidades da frota. O transporte de carga da costa oeste era muito lento e sempre dependia de grandes navios para trazer produtos em quantidade razoável para manter as operações e os milhares de militares e suas famílias que viviam no Havaí. Sendo o Havaí o centro de gravidade do comando militar dos Estados Unidos, Pearl Harbor, portanto era um alvo tentador para as operações de guerra japonesas. Yamamoto o Homem e o Gênio Militar O fato mais irônico na história do ataque japonês a Pearl Harbor, é que seu autor, o Almirante Isoroku Yamamoto, sempre se mostrou contrário a uma guerra entre o Japão e os Estados Unidos. Ele havia servido como adido militar junto à embaixada japonesa em Washington nos anos vinte e conhecia perfeitamente o poderio industrial e militar dos americanos. Sabia dos seus inesgotáveis recursos materiais, das infinitas possibilidades de sua indústria e de seu enorme poder econômico. Além do recurso humano, ele sabia que apesar da opinião publica ser adepta ao isolacionismo, o espírito aguerrido do povo americano, bem como sua vontade de lutar e superar as adversidades viriam à tona caso a América fosse agredida. Comparando as duas realidades Japão e Estados Unidos Yamamoto chegou à conclusão que em uma guerra prolongada com os americanos o Império Japonês sairia derrotado. Yamamoto era partidário de uma política de cooperação mutua com os Estados Unidos. Foi diretamente contra o Pacto Tripartite com a Alemanha e Itália. Meses antes do ataque a Pearl, num memorando dirigido ao ministro da marinha disse ele: “A guerra Japão-Estados Unidos será um acontecimento sinistro dos mais graves para o mundo. Para o Império enfrentar mais um forte inimigo, após vários anos de guerra sagrada (contra a China), representa um sério perigo. Nada temos a ganhar numa guerra contra os EUA, mas tudo a perder”. Mesmo tendo opinião contra a guerra nipo-americana, Yamamoto seguiu as diretrizes de seus superiores. Ele era um militar honrado que amava seu país. Um profissional muito capaz, que em 1940 assumiu o posto de Chefe da Esquadra Conjunta (similar ao de Comandante de Operações Navais na Marinha do Brasil). Indagado pelo ministro da marinha japonesa como pretendia derrotar os americanos. Ele respondeu usando um
24 filmes sobre a Primeira Guerra Mundial
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Segue uma lista de filmes ambientados na Primeira Guerra Mundial. Estão organizados de acordo com o ano de lançamento. Sem novidade no front (All Quiet on the Western Front). Diretor: Lewis Milestone. EUA. Ano de lançamento: 1930. Sinopse: Um grupo de jovens alemães é convencido por um professor a se alistar no exército. Eles ficam muito entusiasmados com a ideia de lutar por seu país durante a Primeira Guerra Mundial, pois parece uma chance de viver novas experiências e provar para a sociedade o quanto são corajosos e patriotas. Paul (Lew Ayres) é um dos mais animados, porém, ao chegar no front o rapaz percebe que não há nada de honroso em matar seres humanos. Assim, a guerra tranforma aqueles jovens idealistas em pessoas marcadas pelo horror. A grande ilusão (La grande illusion). Diretor: Jean Renoir. França. Ano de lançamento: 1937. Sinopse: A Grande Ilusão de Jean Renoir é um dos mais genuínos clássicos do cinema. É uma simples mensagem que numa guerra todos são vítimas, tornando-se um dos mais poderosos filmes antiguerra de todos os tempos. Três franceses (Jean Gabin, Marcel Dalio e Pierre Fresnay) estão num avião que cai em território inimigo. Presos são levados para uma prisão de segurança máxima dirigida por Von Rauffeenstein. Os alemães tratam os oficiais com dignidade, até o dia que são apanhados tentando escapar. A produção de Renoir prevê a tragédia da guerra e a eventual esperança no futuro. Banido da Alemanha e declarado por Josef Goebbels como Inimigo número 1 cinematográfico ; ele acreditou que todas as cópias europeias estavam destruídas; porém, um negativo completo foi descoberto em Munique em 1945. Sargento York (Sergeant York). Diretor: Howard Hawks. EUA. Ano de lançamento: 1941. Sinopse: Alvin York era um fazendeiro ranzinza e briguento no interior do Tennesse até que, como num milagre, se torna religioso e promete nunca mais arrumar confusão. Quando estoura a guerra em 1914, ele não se alista, alegando ser um pacifista. Porém é forçado a servir e acaba se tornando um famoso herói de guerra. Apesar de seus ideais, sua ira vem à tona quando vários companheiros são mortos pelo inimigo e ele vence uma batalha contra os alemães praticamente sozinho, usando técnicas de caça. Uma aventura na África (The African Queen). Diretor: John Huston. EUA / Reino Unido. Ano de lançamento: 1951. Sinopse: Notícias chegam até a pequena colônia de Dong Ku que a Primeira Guerra Mundial começou. A Alemanha, país que colonizava a pequena aldeia no norte da África, está profundamente envolvida e Dong Ku já não é mais um local seguro. A missionária Rose Sayer (Katharine Hepburn) vê seu irmão ser morto, o Reverendo Samuel Sayer (Robert Morley), quando tropas alemães invadem a cidade. Logo depois do acontecido, um navio aporta em Dong Ku e traz a bordo dele o canadense Charlie Allnut (Humphrey Bogart). Sem saída a não ser por mar, Rose obriga Charlie a levá-la com ele no navio chamado “The African Queen”. Assim, os dois embarcam numa missão suicida com o objetivo de atacar o navio alemão Louisa, para Rose poder vingar a morte do irmão. Glória feita de sangue (Paths of Glory). Diretor: Stanley Kubrick. EUA. Ano de lançamento: 1957. Sinopse: Em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, Mireau (George Meeker), um general francês, ordena um ataque suicida e como nem todos os seus soldados puderam se lançar ao ataque ele exige que sua artilharia ataque as próprias trincheiras. Mas não é obedecido neste pedido absurdo, então resolve pedir o julgamento e a execução de todo o regimento por se comportar covardemente no campo de batalha e assim justificar o fracasso de sua estratégia militar. Depois concorda que sejam cem soldados e finalmente é decido que três soldados serão escolhidos para servirem de exemplo, mas o coronel Dax (Kirk Douglas) não concorda e decide interceder de todas as formas para tentar suspender esta insana decisão. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia). Diretor: David Lean. Reino Unido. Ano de lançamento: 1962. Sinopse: Em 1935, quando pilotava sua motocicleta, T.E.Lawrence (Peter O’Toole) morre em um acidente e, em seu funeral, é lembrado de várias formas. Deste momento em diante, em flashback, conhecemos a história de um tenente do Exército Inglês no Norte da África, que durante a 1ª Guerra Mundial, insatisfeito em colorir mapas, aceita uma missão como observador na atual Arábia Saudita e acaba colaborando de forma decisiva para a união das tribos árabes contra os turcos. Crepúsculo das águias (The Blue Max). Diretor: John Guillermin. Inglaterra. Ano de lançamento: 1966. Sinopse: James Mason, George Peppard e Ursula Andress abrilhantam este comovente drama ambientado na Alemanha durante o fim da 1ª Guerra Mundial. Bruno Stachel (Peppard), um camponês promvido à elite da força aérea alemã, se vê batalhando contra o inimigo nos céus, mas também contra o preconceito de seus colegas da aviação nascidos em outra classe social. Para superar seu estigma, Stachel prova que não medirá esforços – honrados ou desonrados – para ganhar a medalha mais cobiçada na aviação do seu país: a “Blue Max”. Mas ele logo descobre o preço que precisa pagar para ser chamado de herói… Um filme consagrado por sua história corajosa e por suas cenas aéreas espetaculares. Johnny vai À guerra (Johnny Got His Gun). Diretor: Dalton Trumbo. EUA. Ano de lançamento: 1971. Sinopse: Um soldado americano é atingindo no último dia da I Guerra Mundial. Joe (Timothy Bottoms) está deitado em uma cama de hospital e se dá conta que perdeu seus braços, pernas, olhos, nariz e boca. Ele relembra momentos de sua vida, mas não pode distinguir se está em um sonho ou se está acordado. Um dia ele encontra uma alternativa para se
Charges de sufragistas do início do século XX
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Uma das primeiras lições básicas de política e cidadania que recebemos ainda na tenra idade é que o voto é nossa força e com ele podemos mudar as coisas. E vivemos de fato numa sociedade em que o direito de voto é estendido a todos os cidadãos independente de suas condições. É um direito universal Bem sabemos que nem sempre foi assim. A história da luta das mulheres pelo direito de voto durante os séculos XIX e XX é um capítulo importante do advento da democracia no ocidente. As sufragistas foram protagonistas de um movimento social crucial nos séculos XIX e XX, lutando arduamente pelos direitos das mulheres, especialmente o direito ao voto. Este movimento emergiu como uma resposta à longa história de exclusão política das mulheres, que eram frequentemente marginalizadas e privadas de participar nas decisões políticas da sociedade. No século XIX, o contexto histórico estava impregnado pelas mudanças sociais e políticas da Revolução Industrial. As mulheres, apesar de contribuírem significativamente para a força de trabalho, enfrentavam uma série de restrições legais e sociais. A questão do sufrágio feminino começou a ganhar destaque, com mulheres notáveis como Elizabeth Cady Stanton e Susan B. Anthony liderando o movimento nos Estados Unidos. O início do século XX testemunhou um impulso global das sufragistas, com destaque para o Reino Unido. No Reino Unido, mulheres como Emmeline Pankhurst e sua filha Christabel lideraram a luta, adotando táticas mais militantes para chamar a atenção para sua causa. Essas ativistas enfrentaram prisões, greves de fome e hostilidades públicas, mas perseveraram em sua busca pelo sufrágio feminino. As sufragistas enfrentaram oposição significativa de setores conservadores que resistiam à ideia de mulheres participando ativamente na política. No entanto, a perseverança das sufragistas e seu comprometimento com a causa começaram a render frutos. Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres desempenharam papéis cruciais na sociedade e na economia, o que contribuiu para uma mudança gradual de atitudes em relação ao sufrágio feminino. O pós-guerra testemunhou avanços significativos. Em 1918, o Reino Unido concedeu o direito de voto às mulheres com mais de 30 anos que possuíam propriedade. Nos anos seguintes, outros países seguiram o exemplo, e as sufragistas conseguiram conquistar o sufrágio feminino em muitas partes do mundo. Como exemplo das campanhas difamatórias e dificuldades que elas enfrentaram, vamos mostrar uma seleção de cartazes e charges que apareciam para difamar a luta das sufragistas. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
A história do Tio Sam
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Você sabe de onde vem este símbolo nacional dos Estados Unidos? Um idoso vestido com as cores estadunidenses assinala desde o cartaz. Muitos pensam que é um presidente, como Abraham Lincoln ou uma versão barbuda de George Washington, mas a realidade é que se trata de um açougueiro (doce ironia).
Descoberta verdadeira identidade de Jack, o estripador
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Depois de mais de 120 anos de mistério e uma centena de teorias apresentadas, parece que, finalmente, foi revelada a identidade do serial killer Jack, o Estripador. Seus crimes chocaram a cidade de Londres no ano de 1888. Ele matava mulheres (geralmente, prostitutas) da região leste da capital inglesa.
Hallelujah (Rufus Wainwright)
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Hilda Kaczynski Saraiva A música toda é como uma composição, como um poema. Ela avalia o presente entrelaçado com o passado. Por apresentar uma reflexão, precisa que o indivíduo que a ouça esteja atento a sua estrutura; não ao que está escrito, mas ao que a escrita representa.
O dia em que a terra parou – 2008
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin Realizar refilmagens de clássicos antigos e consolidados é sempre uma tarefa delicada, pois implica em contentar uma legião de fãs que nem sempre possui disposição para ver seu ícone modificado. Além do fato de que verba e tecnologia digital não são garantias de um bom trabalho. Contudo, não fiquei totalmente decepcionado com a nova versão de “O dia em que a terra parou” pela atualidade do problema que aborda: a destruição do planeta pelo homem. Quando foi lançada a primeira versão, em 1951, expressões como aquecimento global ou efeito estufa não existiam. Mesmo assim os contextos da guerra fria e da era atômica que se iniciavam já nos permitiam levantar a questão da destruição total do planeta pela irracionalidade bélica. Assim, o extraterrestre Klaatu vem à terra com a missão de prevenir os humanos de uma possível catástrofe. Em 2008, contextualizado na crise ambiental que vivemos, o novo filme veio mais atual do que nunca e trouxe uma sentença (óbvia, por sinal): o mal somos nós! Lembro-me de assistir há algum tempo, uma entrevista com Dr. Hunter Adams (que inspirou o filme “Patch Adams, o amor é contagioso”, de 1998). Em certo momento ele afirmou que a extinção da vida humana da terra num curto prazo de tempo era uma possibilidade real, “o que seria ótimo para as plantas e os animais”. Aquilo ficou “martelando” na minha cabeça: nós somos o mal e talvez a única chance de nosso planeta sobreviver seja nossa própria aniquilação. Esta é, por fim, a missão do Klaatu de 2008: salvar a terra… de nós mesmos. O ser humano é uma criatura curiosa e interessante. Somos capazes de realizar os atos mais nobres e criar as invenções mais maravilhosas e incríveis. Por outro lado, praticamos os atos mais destrutíveis e sempre nos excedemos em nossa crueldade. Vivemos neste terrível paradoxo de alcançar níveis de tecnologia nunca imaginados e usar todo este conhecimento para destruir nosso planeta. Somos embriagados por uma arrogância cristã que nos ensina que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, o que implica na noção de que somos superiores a todas as criaturas, que existiriam unicamente para nos servir. O filme “O dia em que a terra parou” não passa de uma obra de ficção científica, mas que acertou em cheio em um ponto crucial da condição da espécie humana do século XXI: a arrogância e a soberba. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
Você realmente gostaria de viver no passado?
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Não são poucas as pessoas, inclusive gente muito jovem, que sustentam a ideia de que existiu um tempo no passado onde todos viviam felizes, em uma espécie de mundo bucólico e simples sem as preocupações, pressões e condicionamentos do presente. Alguns poucos seguem achando que todo tempo passado foi melhor, enquanto outros consideram que em algum ponto de nossa história existiu uma época dourada, um paraíso terrenal estragado por nós mesmos, por nossa cobiça, nossa maldade inerente. Alguns aproveitam para puxar a sardinha para a sua brasa, tratando de assimilar esse período arcádico a algum momento do passado em que suas ideias eram dominantes; a maioria limita-se a referir-se a ele como um modelo ideal para onde deveríamos caminhar, mas não o fazemos por ambição, cegueira e orgulho. Ainda que também goste de sentir a nostalgia das coisas antigas como melhores que as atuais, sou obrigado a dissentir profundamente de todos eles. Para além de idealismos silogísticos, o passado era um lugar onde nem você nem eu gostaríamos de permanecer por mais de uma semana, como turista com as contas pagas. O passado era um lugar horrível para viver, um tempo de gente sebenta, piolhos, dor de dente, tirania, superstição, ignorância, pragas, crianças mortas e mães crianças mortas por seus filhos. O passado era uma grande e fedido lodaçal. Vidas breves. Até a chegada da medicina moderna, a taxa de mortalidade infantil em todo mundo oscilava entre 20 e 30 anos, chegando aos 40 em épocas de fome, guerra ou pragas. Estes números mantiveram-se assim até a entrada no século XX em lugares de ordem social tradicional onde a ciência médica demorou a chegar. As causas mais frequentes eram as infecções otorrinolaringológicas, a difteria, o sarampo, a varíola e a rubéola, com ajuda da anemia. Reflita um instante sobre esta cifra: uma de cada cinco crianças nascidas vivas não chegava à adolescência (no melhor dos casos), e normalmente uma de cada três (no pior). Este é um número pior que o pior inferno de uma nação subsaariana presente, aonde ao menos chegam a penicilina e algumas vacinas de vez em quando. Vamos expressar graficamente para dramatizar a coisa toda: pegue uma folha de papel em branco e escreva uma lista com nomes de dez crianças que conheça. Agora risque dois, ou três, ou até quatro, em um ano. Esse era o risco de natimortos até aproximadamente a segunda metade do século XIX no mundo mais desenvolvido, e meados do XX. A tendência a ter muitos filhos, presente em todas as culturas, é que ao menos uma percentagem deles sobreviveria para cuidar dos pais quando fossem velhos, antes que existissem as aposentadorias dos sistemas de previdência social. Se alguém conseguisse sobreviver a estas taxas de mortalidade infantil, causadas pela pouca diversidade alimentícia, falta de higiene e assepsia e ausência de antibióticos e vacinas, então era possível que chegasse a viver até os 60 ou 70 anos; inclusive, em alguns casos, até idades mais avançadas. Se fosse uma garota então as probabilidades seriam drasticamente reduzidas. As chances de morrer no parto oscilavam entre 1 e 40, normalmente de hemorragia, obstrução ou febre puerperal, quando não de aborto caseiro. Isto é, a partir de 12 ou 13 anos, assim que chegava a puberdade, porque isso de começar a se reproduzir com 18 ou mais anos é outra modernice, uma exceção na história humana que teria feito nossos antepassados darem boas risadas. “Muito passadas”, diriam. Falando de garotas, o passado foi um péssimo momento para nascer. As idílicas sociedades matriarcais sob a tutela da deusa Gaia que pretendem algumas (e alguns) jamais existiram. Nas menos patriarcais e machistas de todas, talvez a mocinha pudesse aspirar ter a mesma educação que seus irmãos varões, mas ademais, parindo filhos. O mais normal é que fosse alguma classe de propriedade dos homens da família, em diferentes graus de submissão. Não há nenhum indício de que as amazonas tenham sido mais do que uma fantasia erótica dos escritores gregos, inspirada em mulheres guerreiras, jamais existiu uma sociedade amazônica. No entanto se ela sobrevivesse à infância e não morresse na guerra ou da peste ou de uma febre puerperal ou qualquer outro mal, é possível que vivesse um bom punhado de anos. Como viveria é que são elas. Piolhos, malária, tosse sangrenta e dor de dente. Ouvimos com frequência que a cárie é uma doença da civilização, vinculada às dietas que assumimos quando inventamos a agricultura e nos sedentarizamos. É verdade que a agricultura e a sedentarização, ainda que tenham dado lugar às civilizações, foram uma ideia muito ruim à época: a expectativa de vida média de 33 anos que tínhamos quando éramos nômades, no Paleolítico Superior, caiu para menos de 30 (25 ou 28 e às vezes 18, como na Idade do Bronze). É inclusive provável que as populações nômades foram submetidas e sedentarizadas a força, como servos ou escravos agrícolas, às mãos dos aspirantes a se converter em donos da plantação, reis e imperadores. Outros acham que o processo foi mais voluntário, trocando uma maior segurança no fornecimento alimentício por um empobrecimento de sua variedade e uma menor expectativa de vida. Seja lá o que for que tenha acontecido, sentar prumo nesses terrenos insanos que chamamos terras férteis piorou a mortalidade e a qualidade de vida de quase todo mundo, até aproximadamente no século XX. Pese a isso, a cárie não é estritamente uma doença da civilização relacionada com esta menor variedade alimentícia das comunidades sedentarizadas, como a história médica conta muitas vezes. E não o é porque está presente em numerosos crânios recuperados de períodos anteriores, como o Paleolítico; inclusive encontraram dentes do Neandertal cariados. No entanto, sua incidência era muito menor. A cárie, certamente,
Maioridade penal entre dois extremos
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin O tema da maioridade penal tramita no congresso há vinte um anos. Arrasta-se enredado na inoperância e na incompetência de nossos parlamentares que empenham-se em votar primeiramente as pautas que lhe trazem benefícios diretos. Infelizmente não se pode afirmar que este tempo de espera tenha servido para maturar a questão submetendo-a a avaliação de setores competentes da sociedade. O tema foi simplesmente “empurrado com a barriga” e congelado até que alguém lhe tenha retirado do fundo de alguma gaveta para um novo fôlego. Apenas nestes momentos cruciais de votação é que os ânimos se arvoram e todos se consideram aptos a emitir pareceres por vezes exaltados e sem o devido conhecimento de causa ou condições de avaliar a questão numa perspectiva que esteja um pouco além de seu próprio nariz. Impressiona a abundância de postagens nas redes sociais. Mas quem possui, afinal, a lucidez de admitir que não está em condições de opinar sobre alguma coisa? Fique entendido que não me considero expert no assunto como também não estou munido de todos os dados sobre a polêmica. Emitirei sim minha opinião, mas meu objetivo principal é tecer algumas considerações sobre a forma como as posições e os discursos estão sendo construídos e apresentados em torno da questão. Penso que um primeiro ponto a ser considerado é o fato de que vivemos uma extenuante rotina de medo. A violência impera em moldes de guerra civil (e o caso do RJ é só o mais divulgado), requintes de crueldade e com a certeza da impunidade. Grupos que ostentam armamentos militares deixam seus nichos e invadem bairros de uma classe média que até bem pouco julgava-se segura atrás de suas grades e sistemas de alarmes. Quando a polícia mostra-se ineficiente ou constata-se que parcela de seus efetivos estão envolvidos com milícias ou com o tráfico, fomenta-se uma consciência coletiva de desespero e desamparo. Clama-se por justiça não importando que seja arbitrária e feita por justiceiros. É repulsante a forma como os apresentadores de tele jornais sensacionalistas especializados em explorar a violência fomentam o medo e o ódio. Noticiam crimes utilizando uma linguagem afinada com o populacho que instigam posições extremadas e violentas elevando o ibope às alturas. Gesticulam como comadres repetindo bordões como “lugar de bandido é na cadeia”, “penas de morte”, “é uma pouca vergonha”, etc, etc. Uma estratégia hipnotizante. O grande apelo popular pela redução da maioridade penal justifica-se então por este sentimento de grande medo que a todos assola. A maioria das cabeças entende como verdadeira a equação rudimentar que sustenta que menos bandidos na rua significa a redução da criminalidade. Ledo engano quando a realidade falida de nosso sistema prisional é conhecida por todos. Forçoso reconhecer que na atualidade brasileira, cadeia não é lugar pra ninguém. Seja para adultos como para adolescentes, o inferno das cadeias brasileiras além de não exercer nenhum papel regenerador surte efeito contrário como uma escola que fomenta a revolta e a inclinação para o crime. Deveremos então enviar jovens para tais depósitos superlotados? Depósitos que por sinal nenhuma segurança oferecem ao cidadão que se considera “de bem”, pois é igualmente sabido que quadrilhas e ações criminosas são lideradas e coordenadas de dentro das prisões. Penso que a maioria das pessoas que defende a idéia de que “lugar de menor infrator é na cadeia” está na verdade preocupada com sua própria segurança e não com a dimensão social do problema. Falta em muitos o discernimento de que o que é melhor para a coletividade sempre destoa com interesses individuais. O outro lado da moeda também produz argumentos que devem ser aqui considerados. Um ponto muito presente nas discussões é que os delitos cometidos por menores são ínfimos se comparados aos índices de criminalidade. Acredito que seja verdade, mas será que isso significa que não há um número suficiente de jovens infratores soltos por aí? Outra idéia é que ao Estado cabe regenerar e não punir os jovens. Estigmatizá-lo como criminoso significa retirar-lhe todas as possibilidades de regeneração. Voltamos então ao parágrafo acima sobre o sistema prisional. Há também a questão da responsabilidade dos direitos antecipados possibilitados pela legislação brasileira: a carteira de habilitação e o título de eleitor. Então é válida a argumentação de que se o menor, com dezesseis anos, pode já exercer estes direitos, com suas responsabilidades implicadas, então deverá responder como adulto por seus crimes. Tenho restrições quanto ao direito de direção. Acho que em muitos casos dezoito anos ainda é cedo para conduzir um veículo. O fato é que o Estado outorgou a possibilidade de que menores de idade possam exercer funções de extrema responsabilidade e que podem acarretar em conseqüências funestas. Não parece então uma contradição negar-lhes a responsabilidade penal? Vejo também por aí a justificativa de que crime recruta menores de idade valendo-se de sua impunidade jurídica e não é raro ouvir da boca de um menores infratores (como já ouvi de alunos) a frase “não vai dar nada. Quando fizer dezoito está tudo limpo”, frente à possibilidade de adentrar na maioridade com a ficha criminal limpa não importando o delito cometido. É sim uma realidade que no país da impunidade este aspecto reforça nos jovens que vivem na órbita do crime e mesmo nos delinqüentes de classes média e alta o sentimento de vácuo jurídico em que tudo é permitido. No fundo toda esta discussão soa como certa hipocrisia em meus ouvidos. A legislação penal brasileira é cheia de brechas e convivemos cotidianamente com exemplos de criminosos que se beneficiam da impunidade por que seus advogados sabem explorar as brechas do sistema e da imensa burocracia. Nada melhor que o exemplo do jogador de futebol Edmundo que em 1995 atropelou e matou três pessoas. Condenado,
Gustave Doré: registro histórico em imagens
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Política Quadrinhos Tecnologia Contato Nei Nordin É muito provável que você já tenha se deparado com alguma das ilustrações de Gustave Doré. Ele foi um dos ilustradores mais famosos da Europa de seu tempo. Suas gravuras costumam causar um impacto sobre o observador, pois são carregadas de uma forte dramaticidade que não raro leva à introspecção. Paul Gustave Doré (1833-1883) nasceu na França, em Estrasburgo e era filho de um engenheiro. Seu talento se manifestou muito cedo. Já com doze anos impressionava com seus esboços e aos quinze já conseguiu obter uma contratação como ilustrador em um jornal. Nesta mesma época também realizava exposições em diversos eventos. Doré teve uma carreira próspera como gravador, pintor e escultor, mas curiosamente não possuía formação técnica. Muito cedo já recebia uma enorme demanda de encomendas, o que tornava escasso o tempo para dedicar-se aos estudos. No jornal ocupava-se muito com caricaturas, mas logo passou a aceitar encomendas para ilustrar livros. Sua reputação viria com o trabalho feito com Rabelais, publicada em 1854. A partir de então muitos outros trabalhos lhe seriam encomendados e só fariam por aumentar sua fama. Sua obra seria mesmo cultuada em países como França, Estados Unidos e em especial na Inglaterra onde seu trabalho chegou a ser contemplado com uma exposição em 1867. Deste evento resultaria a fundação da Galeria Doré em Bond Street, em Londres. Ele trabalhou com afinco e estabeleceu um ritmo acentuado de produtividade. Consta que possuía grande facilidade em desenvolver sua arte, o que chegou a lhe render boas somas de dinheiro. Em 1861 foi nomeado cavaleiro da Legião de Honra, chegando ao cargo de diretor desta instituição em 1879. Gustave Doré nunca se casou e sempre morou com sua mãe mesmo após a morte de seu pai em 1849. Ele ilustrou livros até o dia de sua morte, em Paris, em 23 de janeiro de 1883. Morreu pobre. Atualmente seus restos mortais repousam no cemitério parisiense de Père Lachaise. Ele já foi considerado precursor da história em quadrinhos. Seu trabalho serviu de inspiração para Van Gogh, Cécil B. DeMille, Ridley Scott, Terry Gilliam, Tim Burton e Steven Spielberg. Com seu ambiente fantasmagórico, sua imaginação estranha e dotada de um sentimento dramático criou imagens para heróis e vilões de contos, fábulas e romances e ilustrou textos de Dante, Rabelais, Cervantes, Milton, Shakespeare, La Fontaine, e também ilustrou obras de seus contemporâneos como Victor Hugo, Balzac e Edgar Allan Poe. É considerado como um dos mais prodigiosos artistas do século XIX. Como já foi dito acima, sua falta de formação técnica era gritante e denunciava traços defeituosos de seu desenho e sua deficiência na utilização das cores. Isto não impediu seu grande sucesso, principalmente entre os ingleses que o incluíram entre seus grandes pintores. Contudo, há quem diga que suas aquarelas são horríveis e demonstram sua falta de aptidão para a pintura. Doré possuía a pretensão do registro histórico e forte inclinação para retratar detalhes e hábitos com minúcia. Esta percepção foi especialmente utilizada quando, em 1869, recebeu a proposta de Blanchard Jerrold para, em conjunto, produzirem uma obra que retratasse Londres. Assim foi publicado em 1872 o livro “Londres: uma peregrinação”. As cento e oitenta gravuras produzidas para este trabalho permitiram que Doré manifestasse suas aspirações individuais de artista. O lançamento foi um estrondoso sucesso comercial e popular, mas foi também alvo de críticas enfurecidas pelo fato de Doré evidenciar na obra a miséria que circundava a capital inglesa. Foi mesmo acusado de estar inventando uma realidade que não existia ou enfatizando as características vulgares ocultando a verdadeira Londres burguesa e próspera. De fato, as gravuras de “Londres: uma peregrinação” são carregadas e envoltas em um clima bastante pesado. As figuras humanas são tensas e percebe-se facilmente que sobre elas pesa a luta pela sobrevivência num contexto de crise e abandono social. Não veremos personagens alegres, tão pouco cenas típicas da sociedade burguesa. Os semblantes graves das pessoas que disputam espaços entre si como em A City Thoroughfare, ou a conformação esforçada dos vendedores ambulantes como a moça que tenta equilibrar o balaio de flores em um braço e uma criança no outro: A Flower Girl. Olhares resignados e plenos de desesperança estão em toda parte. Os seres humanos cinzentos que suportam a vida de roldão e contragosto. A cena tocante das crianças que se avolumam na rua em Dudley Street, onde é gritante a falta de perspectiva de uma vida decente. Seres que quase já tem idade ou tamanho para alimentar as “fornalhas” de mão-de-obra da segunda revolução industrial. Pode-se vislumbrar todo o custo do progresso estampado nas chaminés dos pátios espremidos em que as mulheres esticam seus varais. Todo um contexto histórico está demonstrado nesta obra que torna tão evidente as angústias e aflições daqueles que suportaram nas costas o peso de um grande império. Gustave Doré foi primoroso com o registro de um observador detalhista que soube que havia muito mais a mostrar do que todos queriam enxergar. Veja a seguir uma seleção de imagens de “Londres, uma peregrinação”. Rede social Facebook-f Twitter Instagram Flickr 500px Desenvolvido por Kia Soluções
A morte e a previsão de Grigori Rasputin
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato Postado em abril de 2015 Pouco antes de morrer, Grigori Rasputin enviou uma carta ao que seria o último czar da Rússia, Nicolau II, na qual fazia uma predição inquietante para a família real Romanov que suporia o assassinato do próprio czar, da czarina e de todos seus filhos:
Exterminador do futuro: leia este texto se você quiser viver!!!
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato – Arthur Nordin Como o filme “Exterminador do futuro: gênesis”, acabou de estrear, não há nada mais justo do que criar um texto sobre essa franquia que atualmente, tem 5 filmes!!! Mas atenção, esse texto tem Spoilers de toda franquia e da série Crônicas de Sarah Connor. . Exterminador do futuro Nesse filme, Sarah Connor é uma garçonete normal, até que um homem chamado Kyle Reeves diz que vem do futuro, onde há uma guerra dos humanos contra as máquinas. E naquele momento, há um robô (t-800) que quer matá-la, pois no futuro, ela dará a luz John Connor, o homem que irá liderar os humanos neste confronto. No final do filme, Kyle se sacrifica para salvar a vida de Sara e o exterminador é destruído. Ele é interpretado por Arnold Schwarnegger. . O julgamento final Nessa continuação, o t-800 foi reprogramado para salvar e obedecer John Connor, após Sarah ter sido internada em um hospital psiquiátrico, julgada como louca por falar sobre um robô vindo do futuro. Arnold vai e a resgata por ordem de seu “mestre”, John Connor. Nesse filme, o vilão é o robô t-1000, que é composto por metal líquido. Interpretado por Patrick Stewart, que é famoso por não ter demonstrado nenhuma expressão facial durante o filme. O personagem participa do quinto filme da franquia. . A rebelião das máquinas Após sobreviver aos eventos do segundo filme, John vive na clandestinidade para não ser identificado. Ele terá um novo encontro com o t-800 que retorna para protege-lo de uma nova tentativa de assassiná-lo. Um exterminador ainda mais evoluído e letal, capaz de transformar seus membros em armas, agora na forma de mulher (t-x). Ela também sequestra a futura esposa de John. Ludibriados pelo t-800 que sabe que ser inevitável o holocausto, John e sua companheira são encaminhados a um abrigo nuclear no exato momento em que a Skynet causa uma explosão atômica. . A salvação Nesse filme, John Connor é interpretado pelo ator Christian Bale. Entre os personagens, há um humano que participou de um teste e virou o primeiro robô dentro de matéria orgânica (pele e sangue). Só que ele não sabia que era uma máquina até os acontecimentos desse filme. O interessante e novo nesse filme, é que ele é o primeiro de toda a franquia, a realmente acontecer na guerra contra as máquinas. Acho que poderia ser melhor. . Gênesys No novo filme da franquia, o tio Arnold está de volta, com uma batalha épica contra o exterminador do primeiro filme. (que também é interpretado por Arnold Schwarnegger). Mas nessa continuação, é feito em CGI. Eu gostei desse filme por eles mostrarem cenas e acontecimentos do primeiro e segundo filme. Como por exemplo: Arnold digitalizado, t-1000, Kyle reses viajando ao passado, o acontecimento da Skynet, e algo que eu até achei legal: agora, a Skynet é o Gênesys. Gostei das piadas e como os acontecimentos vão se desenrolando ao longo do tempo. A coisa que eu mais ODIEI foi que transformaram o t-800 em uma figura paterna. A Sarah Connor chama ele de “papi”, ele fica dando ordens para Sarah como: bote o cinto de segurança. E por último, no final, ele fala para Kyle: você é um bom homem, cuide da minha Sarah. Eu duvido que eles não tiveram a intenção de transformá-lo em uma figura paterna. O curioso é que eles realmente APAGARAM toda a história do John Connor nos filmes anteriores. . Série: As crônicas de Sarah Connor A série se baseia nos acontecimentos entre o segundo e terceiro filme. Na minha opinião, os atores estão FRACOS. A atriz que interpreta Sarah Connor não tem nada a ver com a atriz do primeiro filme. A história é entediante, com diálogos muito longos e chatos. A única coisa que eu gostei foi o ator que interpreta John Connor, pois ele tem a cara de medroso que o ator do segundo e terceiro filme possui. O andróide expressa emoções todo episódio, e isso está errado. Todo andróide deveria possuir a mesma expressão de Robert Patrick: nenhuma. . Curiosidades Você sabia que em todo filme, o Arnold Sempre morre de alguma maneira? No primeiro, é morto por Sarah, no segundo, ele se mata para destruir a Skynet, no terceiro, é morto pelo T-x, no quarto, é morto pelo John Connor, e no quinto, é morto por outro Arnold. Em todos filmes, a frase “venha comigo se você quiser viver” aparece. O primeiro filme da saga ganhou uma estatueta de ouro O segundo filme ganhou 4 Oscars: melhor maquiagem, melhor mixagem de som, melhor edição de som e melhores efeitos especiais. A saga é repleta de jogos, brinquedos, músicas (you coul’d be mine) e outros acessórios. Em todo filme, o John Connor é interpretado por atores diferentes. O nosso tio Arnold fez uma pegadinha em que ele ia ao museu de cera fantasiado de um exterminador, e ficava imobilizado. As pessoas iam em sua direção para tirarem fotos (achando que ele era um boneco) e se assustavam ao ver ele se mexer. Em outra pegadinha, Arnold saía para a rua falando frases da franquia para os cidadãos, em uma hora, ele falou para um motorista a seguinte palavra: saia. Nos filmes, é assim que ele ordena que as pessoas saiam de seus carros. Quando ele fala isso para um senhor, ele até se prepara para sair de seu carro. Óbvio que ele fala que não precisa e que era uma brincadeira. Algo legal que aparece no novo filme, é que há uma cena pós-créditos. Vemos um grande círculo vermelho composto por raios nos destroços do prédio da Skynet e vemos o holograma que representa o corpo da Skynet. Assistimos, ao longo do
Estação “fantasma” é descoberta em Londres
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato Postado em 21 de abril de 2015 Uma estação de trem ‘fantasma’ fechada há cerca de 100 anos foi descoberta em Londres. O local funcionou de 1902 a 1915, antes de ser desativado por causa da concorrência com bondes e ônibus e também devido à eclosão da 1ª Guerra Mundial.
O primeiro automóvel de Porto Alegre
Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato Home Sobre Sobre Mim Sobre o Site Textos Autores Cinema e TV Comportamento Educação Filosofia Games História Imagens Literatura Música Notícias Opinião Quadrinhos Tecnologia Vídeos Contato Nei Nordin Publicado em 12 de maio de 2015 No início do século XX Porto Alegre era uma cidade provinciana (como se ainda não fosse). Setenta mil almas habitavam uma capital prestes a conhecer uma das grandes novidades tecnológicas do novo século.
Rota 66: a estrada do êxodo
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